Psiquiatras ouvidos pela Folha
concordam com o decreto presidencial que inclui cervejas, "ices" e
"coolers" na categoria de bebidas alcoólicas. Para Marco Antonio
Bessa, especialista em dependência química da Associação Brasileira de
Psiquiatria, já era hora de o governo tomar medidas sobre o assunto. "O
mal que faz a cerveja é o mesmo mal que qualquer outra bebida faz",
afirma. O mesmo vale para as demais bebidas de teor alcoólico inferior. Só que,
para alcançar o mesmo grau de alcoolização, é preciso ingerir maior quantidade
do líquido. Bessa explica que duas latas (350 ml) de cerveja equivalem a uma
dose (50 ml) de uísque ou vodca. Para a professora do departamento de
psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Ilana Pinsky, é
"absurdo" a medida não ter sido decretada antes. Pinsky diz que,
geralmente, a cerveja está presente nos momentos que antecedem os acidentes de
trânsito, e que a dependência do álcool pode começar com bebidas mais leves. Para
a professora do departamento de psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo) Ilana Pinsky, é "absurdo" a medida não ter sido decretada
antes. Pinsky diz que, geralmente, a cerveja está presente nos momentos que
antecedem os acidentes de trânsito, e que a dependência do álcool pode começar
com bebidas mais leves. Segundo Bessa, jovens de padrão social mais alto tendem
ao consumo de cerveja. Nas periferias, a opção é a bebida mais barata, como a
cachaça. Sérgio de Paula Ramos, presidente da Associação Brasileira de Estudos
do Álcool e Outras Drogas, ainda vê a restrição como uma medida tímida. E
insiste que os limites impostos à publicidade devem fazer parte de uma política
de saúde pública rigorosa quanto ao álcool. (Risomar Lima e alcoolismo.com.br).
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