A candidata do
PT fraudou a propaganda. Todo mundo viu e ouviu que ela mudou o trecho em que
deveria se ouvir, “a vaca foi para o brejo”, acrescentando o plural, para
parecer que foi dito “as vacas”. Pura falsidade. Nisso ela repete o seu mestre
mais próximo. Mas a mentira foi tão grosseira que não se crê que a Justiça
Eleitoral não tenha percebido e, portanto, não aja de acordo com o que se
espera da instituição à qual cabe zelar pelo respeito à lei, à ética e ao
cidadão nas eleições. Falo da pataquada encenada pela candidata do PT à
prefeitura de Itabuna, que fez trucagem de áudio na reprodução de um trecho do
programa de rádio da coligação Na Frente Para Itabuna Mudar, em seu programa de
TV e em carros de som, com a malévola intenção de fazer parecer que ela foi
chamada de “vaca”. O que ela não é e nem ninguém disse que seria. Com menos de
12% nas pesquisas, por causa de uma fama ruim, que ela deixou construir ao
longo dos anos e nunca se preocupou em consertar, a candidata do PT amarga um
triste terceiro lugar nas pesquisas. Então, apega-se a jogadas desesperadas de
marketing. Até aí, compreensível. É eleição, parece necessário buscar
argumentos, discursos, meios de frear a queda vertiginosa. Mas apelar para a
mentira e a fraude…. Demais. A imensa maioria dos brasileiros já ouviu falar no
famoso jogo do bicho, onde os animais recebem números. Por exemplo: o 17 é
Macaco e o Camelo é 8. O jogo do bicho, ainda que considerado uma contravenção,
é tão incorporado à cultura brasileira quanto a feijoada. Tem quem goste e quem
não goste. Eu mesmo fiz apenas um jogo até hoje, há uns 20 anos. Houve um tempo
em que pensei que a zebra era o número 13. Mas não. O 13 é galo. Não é zebra,
nem pata de coelho, nem vaca. Assim como coelho é 10, a vaca é 25. No programa
de rádio da coligação Na Frente Para Itabuna Mudar, os redatores, resolveram
falar com humor dos efeitos da pesquisa eleitoral que coloca Vane na frente. No
quadro, um dos personagens do programa, ao contar ter sonhado com alguns
bichos, ouve de “seu” Madeira, o personagem principal, a explicação do
significado do sonho. É que “O coelho ensebou as canelas e ‘vueim’, já tá na
frente. O galo, esse não canta de jeito nenhum, tá de ‘gogo’, não canta mais… a
vaca foi pro brejo” Para entender aplique os números aos bichos
correspondentes. O coelho é 10 (está na frente nas pesquisas), o galo (13)
perdeu a voz com isso e a vaca (do 25, que foi passado na pesquisa) foi para o
brejo. A candidata do PT aproveitou a deixa para cair no meio do campo,
rolando, como se tivesse sofrido uma falta violenta. Espera ela que a torcida
fique contra Vane (o “coelho” rápido que a ultrapassou velozmente), a quem
culpa pela falta que não houve. A simulação já está sendo desmentida. Ela vai
ser desmascarada de novo. Mas o estrago que a sua firula agressiva, anti-ética
e desesperada causou em profissionais de bem, gente que a respeitava e que
segue um candidato ético, que respeita os concorrentes, as famílias
itabunenses, o próximo, me deixa indignado. Hoje estive diante de um homem da
maior envergadura moral, profissional do melhor quilate, ser humano da melhor
qualidade e o vi triste. Redator do programa de rádio de Vane, um dos ícones da
comunicação sulbaiana, elemento do maior valor moral, estava diante de
mim com uma verdade e próximo a nós um carro de som da campanha do PT ajudava a
proliferar uma mentira que machucava o meu colega e amigo jornalista. A mando daquele
a quem chamam de coronel, e da candidata, o carro de som tocava uma
mentira deslavada, já aumentada com uma fraude de edição, para parecer pior o
que nunca foi errado. Eu conheço essa turma. Até hoje guardo memórias, em papel
e arquivos digitais inclusive, de sujeiras e diatribes contras as quais me
insurgi em 2008. Mesmo assim, não pensava que eles se repetiriam tão falsa e
burramente. Alguém precisa dizer à candidata e seu marido que a coragem é um
item que ainda existe entre nós, a reação à mentira não tarda. Com toda certeza
nem farofeira, nem vaca. Derrotada e desesperada, sim. Mas ainda há tempo de
adotar uma postura menos arrogante e não deixar a história sucumbir em nome da
vaidade e da avidez pelo poder. (blogdegiorlandolima.com).
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