Num exemplo para todas as
demais democracias no mundo, as eleições municipais coletaram e computaram
milhões de votos em todas as cidades brasileiras,
fornecendo os resultados em tempo recorde. Aliar democracia com tecnologia não
é questão de somenos importância. Não se trata de mera sofisticação num
procedimento secular. As soluções brasileiras neste campo representam um ganho
essencial para a segurança do processo. Por mais que questões sejam levantadas
– e é bom para que o sistema seja checado em todos os seus detalhes práticos
–, é inegável e salutar a consolidação da plena confiabilidade e sigilo em
todos os momentos do pleito por intermédio das urnas eletrônicas. Itabuna teve
resultado completo rápido nos números da eleições e isso ocorreu em todas as
suas seções eleitorais. Um grande passo nesta união profícua entre democracia e tecnologia.
Até os percalços assinalados, em algumas poucas urnas, são detalhes importantes
para o aperfeiçoamento do sistema. O mais importante, agora, é que os eleitos,
em primeiro lugar, também avancem em seus procedimentos quando no exercício dos
mandatos conquistados por meio de tão moderno e ínclito processo eleitoral. Afinal,
de que servirá ao Brasil se ao avanço tecnológico na coleta do voto não for
conjugado avançar semelhante nas atitudes dos políticos? É incongruente a
preservação de gestos típicos dos antigos pleitos do tipo “bico de pena”, de
posturas características dos donos de votos da época do coronelismo, com a
contemporaneidade das eleições eletrônicas. A pequenez e as mesquinharias da
política provinciana devem ser remetidas à lata do lixo. Os prefeitos e
vereadores hoje escolhidos, de forma exemplar, pelo processo de tomada de votos
mais moderno do mundo, não podem declinar de sua missão primordial: serem edis
exemplares, modernos, atuantes, honestos. Seus mandatos têm de ser tão avançados
quanto as urnas eletrônicas nas quais estão depositados os votos da população
que os elegeu. Neste caminho, não se aceita marcha a ré. A prática
política no Brasil não pode seguir outra via senão a da ética, eficiência e
transparência.
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