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Natal Itabuna

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Trief

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23 de abril de 2012

BRADEMOS: VIVA TRADENTES!


Há 220 anos era assassinado Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido pelo apelido de Tiradentes. Enforcado, transformou-se em mártir e maior ícone da chamada Inconfidência Mineira, insurgência que – como sublimada pelo sacrifício do alferes e dentista – seria elevada ao patamar de principal expressão do sentimento de independência do Brasil. Em verdade, também conhecida como Conjuração, foi mineira basicamente a movimentação. Apesar de, dentre suas bandeiras, tremular a consigna da emancipação brasileira do domínio português, é certa a insuficiente articulação do pequeno grupo de insurgentes, o que comprometeria, se não o sucesso, a extensão geográfica do movimento em termos da sabidamente extensa colônia portuguesa. Não seria também Tiradentes o principal líder da revolta, há quem defenda que a pena capital lhe teria sido atirada por ele ser o inconfidente com raízes mais populares, o “menos nobre” dos revoltosos. A carência de dados concretos também faz aumentar os debates contemporâneos acerca das verdadeiras condições da morte de Cláudio Manoel da Costa, poeta e jurista, um dos mais proeminentes inconfidentes e que teria sido assassinado na cadeia em 4 de julho de 1789 (emblematicamente, no 13º aniversário da independência dos Estados Unidos e dez dias antes da Bastilha cair sobre a monarquia francesa). Desse ponto de vista, a Inconfidência Mineira teria tido dois mártires... Polêmicas à parte, 21de abril é o dia onde o primeiro mártir oficial brasileiro é lembrado. Vale a pena solenizar esta data, afinal toda nação precisa valorizar seus heróis como referência de sua própria construção. São esses heróis símbolos históricos e não santos. São ícones para além de suas existências, permeadas, como todo ser humano, de falhas, pecados, imperfeições. Ao festejar a memória de Tiradentes comemoramos as raízes do Brasil independente, saudamos o heroísmo daqueles que sacrificam sua vida em torno de causas nobres. Aplaudimos valores do passado apostando em presente e futuro valorosos.

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