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Natal Itabuna

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Trief

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12 de março de 2012

PARECE QUE GRITO NO DESERTO CONTRA A FALTA DE COMBATE AO CRIME

Conta a estória que um circo ambulante pegou fogo. O diretor manda à cidade vizinha o palhaço, já devidamente fantasiado para a representação, em busca de auxílio, tanto mais que havia perigo de alastrarem-se as chamas por meio dos campos secos, alcançando a própria cidade. O palhaço corre e suplica aos moradores vizinhos que venham com urgência ajudar a apagar as chamas do circo incendiado. Mas os habitantes tomam os gritos do palhaço por um formidável truque de publicidade para atraí-los ao espetáculo; aplaudem-no e riem às gargalhadas. O palhaço sente mais vontade de chorar do que de rir. O palhaço tenta convencer os homens e esclarecer-lhes de que não se trata de propaganda alguma, nem de fingimento ou truque, mas de coisa muito séria, porquanto o circo realmente está a arder. Seu esforço apenas aumenta a hilaridade até que, por fim, o fogo alcança a cidade tornando excessivamente tardia qualquer tentativa de auxílio; circo e cidade tornam-se presas das chamas. Esta estória diz tudo do que tento conseguir ao longo dos últimos cinco anos, que é a implantação em Itabuna, de um programa de fiscalização sistemática nas entradas e saídas de veículos na cidade. E o modelo pode ser o mesmo que existe em todas as cidades paraibanas. Por lá, nenhum veículo entra, ou sai dos municípios, sem ser vistoriado pela polícia. E assim fica dificílima a entrada de drogas e armas e é quase nula a ocorrência de seqüestro, roubo de veículos, assaltos a Bancos e demais crimes cuja rota de fuga requer dos criminosos trafegar entre cidades. Consequentemente, se diminui bastante os índices de crimes. Mas esta idéia parece desinteressar nossas autoridades. Muitas vezes me sinto incapaz de transmitir aos dirigentes de segurança pública esta minha sugestão. Em minha roupagem de palhaço medieval ou de outro remoto passado qualquer (não é assim que somos rotulados?), não tenho sido levado a sério por coronéis comandantes e dirigentes de ações policiais. Pode dizer o que quiser, continuo como que etiquetado e fichado pelo papel que represento. Qualquer que seja meu comportamento e meu esforço de falar seriamente, sempre na cabeça dos governantes do Estado, se pensa, de antemão, que sou um ator que representa. Já se adivinha o assunto de minha sugestão e se imagina que apenas estou fazendo uma representação, com pouco ou nenhum nexo com a realidade. Não há dúvida: existe algo de angustiante neste quadro, algo da angustiada realidade em que se encontra a insegurança pública em Itabuna. Meu grande desafio é fazer o governo do Estado compreender que esta minha proposta não é uma palhaçada e a criminalidade e as mortes não são um circo...

3 comentários:

  1. NÃO HÁ INTERESSE DOS NOSSOS GOVERNANTES EM COMBATER O CRIME NA BAHIA. ATÉ PARECE QUE OS POLÍTICOS SÃO FINANCIADOS PELOS TRAFICANTES, ASSALTANTES, HOMICIDAS, LADRÕES... Wellington Batista

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  2. Val Cabral, tenho acompanhado sua luta neste esforço... e espero que em breve possamos contar com a implantação de um projeto que possa de fato, conter a fúria dos bandidos em Itabuna. Mas sua parte vc está fazendo!!! Washington Reis

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  3. Prezado amigo Val Cabral

    Sempre existiu roubalheira na política mas parece que nos últimos anos a roubalheira e impunidade estão aumentando.
    Infelizmente a maioria entra na política para melhorar a sua vida e a da sua turminha; a minoria bem intencionada acaba entrando no jogo porque senão não consegue continuar.
    Esses caras que deviam trabalhar para o povo acabam explorando o povo e ainda o povo reelege eles mais tarde, veja o caso do Geraldo Simões.
    Para eles é uma beleza porque legislam em seu próprio favor e reajustam seus gordos salários, sem contar com as mordomias, quando bem entendem.
    É... realmente lamentável, e assim caminha a humanidade...

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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