Prefeitura Itabuna

Trief

Trief

17 de fevereiro de 2012

FOLIÃO PIPOCA TEM NOITE VIP NO PRIMEIRO DIA DE CARNAVAL EM SALVADOR

“Chicleteiro eu, chicleteira ela”. Com este refrão, Bell Marques, da banda Chiclete com Banana, iniciou o show que guiou uma multidão na abertura do Carnaval no circuito Osmar (Campo Grande), na noite desta quinta, 16. Após desejar “boa sorte” aos foliões, o líder da nação chicleteira embalou jovens, adultos, idosos e até mulheres grávidas na descida da avenida em direção à Praça Castro Alves onde tinha um encontro marcado com a banda Oito7Nove4, formada por seus filhos Rafa e Pipo. E o melhor é que tudo aconteceu na versão paz e amor, sem brigas, como alguns foliões temiam, por conta das músicas agitadas da banda. Chicleteiros – apelido mais utilizado para a legião de fãs do Chiclete – se emocionaram com a volta do grupo ao Campo Grande num trio sem cordas. Segundo o presidente do Conselho Municipal do Carnaval, Fernando Bulhosa, a última vez que a banda saiu com esse formato no circuito Osmar foi em 2006. COMOÇÃO - A emoção de ver a apresentação livre de Bell Marques e companhia comoveu a funcionária pública da área de saúde Nilda Góes, 74 anos, que comparou a ocasião ao um outro momento muito especial em sua vida. “Estou sentindo o mesmo frio na barriga que tive quando fui Rainha do Carnaval do bairro do Uruguai em 1958. O amor pelo Chiclete é inexplicável”. Foi justamente esse amor que uniu na noite desta quinta, 16, dezenas de gerações e culturas diferentes. Um grupo de argentinos, por exemplo, pela primeira vez foi conferir de perto como é acompanhar o Chiclete. "Já ouvíamos falar dessa energia, mas viver isso vai ser bem diferente”, disse o argentino Javier Zlatris. Já para Maurício Reis, 12 anos, ir atrás do trio de uma das bandas mais consagradas do Carnaval foi uma mistura de aventura e alegria. “Toda minha família é chicleteira. Tinha que ter esse amor também”, disse Maurício que é natural de Feira de Santana. A tia do adolescente, Cristiana Reis, não escondia a felicidade de ver a família reunida no Carnaval de Salvador. “Eu sempre acompanhava o Chiclete colada na corda, mas hoje (ontem) vai ser bem diferente porque o show dele é para o povão. E estar aqui com meus sobrinhos, irmã e cunhada é mais especial ainda”, acrescentou. Um grupo de amigos resolveu curtir a festa com camisa padronizada e tudo. Além de moradores de Salvador, veio gente do Espírito Santo para a folia em conjunto, como Shelley Lucy Rodrigues. Há três anos ela vem à capital da Bahia para curtir a banda. “Sempre saímos nos blocos pagos, mas essa ideia de sair sem cordas, além de ter sido ótima para a alegria da galera, para nós significa mais um dia de Chiclete”, disse. TRANQUILIDADE - A saída da banda Chiclete com Banana sem cordas reforçou a vontade dos foliões de ver o circuito Osmar voltar a ocupar a sua posição de principal circuito da folia. “Esta ideia foi genial. Outros artistas deveriam fazer o mesmo, afinal de contas o Carnaval começou aqui, no Campo Grande”, avaliou a professora Cristiana Reis. A mesma opinião tem o oficial de justiça e chicleteiro de carteirinha, Mário Botelho, 28 anos. “Essa iniciativa de trios sem cordas no Campo Grande é fantástica. As pessoas que não têm condições de pagar os abadás desses grandes blocos precisam dessa alegria. Isso é ótimo para a proposta de revitalização do circuito”, destacou Botelho. “A população soteropolitana estava precisando desse presente. Acredito também que quando os artistas fazem isso estão dizendo que respeitam o público baiano” analisou a assistente de serviços gerais, Kátia Maria da Silva. O que se viu na quinta no Campo Grande, na avaliação dos foliões, é esperança para uma maior democratização do Carnaval de Salvador. “Que isso vire uma tradição. Que possamos curtir a festa e os artistas sem ter que pagar valores caríssimos para uma festa que é na rua”, torce o folião Vanilton Castro Lima. (Juliana Dias).

3 comentários:

  1. Val Cabral
    Quem quiser que goste do carnaval. Porém, considero esta festa como a mais diabólica que existe, pois faz o governo gastar milhões de reais em coisas inúteis, enquanto faltam verbas para saúde, segurança, educação e assistência social.
    Sem falar nas ocorrências políciais e lares desfeitos...
    Maria Helena Dias de Souza

    ResponderExcluir
  2. BEL É BEL... É MEL É O GOSTO DA MAIOR FESTA PÚBLICA DO MUNDO.
    E VIVA O CARNAVAL!!!!!!!!!!!!
    EVERALDO BRANDÃO

    ResponderExcluir
  3. Prezado amigo Val Cabral

    A loucura do carnaval é parte da necessidade humana de se libertar dos padrões vividos no cotidiano. Segundo Platão: “Sócrates afirmava que conhecemos dois tipos de loucura:uma que deriva dos males humanos, e, outra, quando o Céu nos liberta das convenções estabelecidas”. Bom carnaval para todos.

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

    ResponderExcluir

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: