Apesar de, infelizmente, não serem novidade, os recentes acidentes ocorridos nas rodovias sulbaianas insistem em chamar a atenção das autoridades para os crescentes riscos em nossas estradas. Os sinistros não distinguem ninguém: num dia a vítima é um empresário, noutro são modestos trabalhadores. De um acidente, felizmente, saem apenas feridos; de outro, desgraçadamente, sobrevêm mortes. Os mais diversos veículos envolvem-se na ciranda de destruição e morte: de picapes modernas a velhos caminhões, passando por ônibus e automóveis de todo tipo e estado de conservação. Dentre as variadas causas dos acidentes um fator é recorrente, mesmo que não seja único: as péssimas condições de nossas rodovias. Quando a pista não está esburacada, falta sinalização horizontal, ou a sinalização vertical está ausente, ou o acostamento foi encostado em lugar incerto e não sabido. E, como num passe de mágica, é apresentada a proposta de derrubar árvores crescidas às beiras das estradas, que apesar de nenhum perigo oferecer, ousam espalhar sombra e beleza por paisagens pouco ou nada cuidadas. Importante projeto de duplicação para a rota que liga Itabuna a Ilhéus segue nas gavetas de Wagner. Mas nosso sistema rodoviário precisa de soluções menos onerosas para toda a malha. Nossas estradas, para além dos trechos à espera de duplicação, precisam de conservação. Há muitas décadas sabemos quais os pontos mais perigosos (Curva da Morte é o que mais existe no sul da Bahia) e pouco fazemos para, nessas áreas sobejamente identificadas, implementar pequenas obras de grande significado, como a ampliação dos ângulos das curvas, construção de guias de segurança, sinalização eficiente, redutores de velocidade. Governar é, além de abrir estradas, conservar estradas.
O (des)governo J.W. fez um "grande negócio": Privatizou algumas estradas consideradas mais importantes e, por isso mesmo, não tem mais responsabilidade sobre elas (o povo que vá encher o saco da concessionária) e, quanto às demais, ele não liga mesmo!
ResponderExcluirAssim é fácil "governar"!