Prefeitura Itabuna

20 de novembro de 2011

O CRACK NÃO PODE DERROTAR NOSSA SOCIEDADE

Nos últimos anos, os meios de comunicação foram tomados de assalto pelos crescentes problemas do álcool e do crack. Das manchetes dos jornais às capas de revista, do horário nobre da televisão aos programas de fofoca, dos sites acadêmicos aos de relacionamentos, nenhum espaço ficou indiferente a corrupção, violência doméstica, mortes no trânsito, narcotráfico, roubo, assassinatos, falta de leitos para internação, dificuldades dos tratamentos ambulatoriais e tantas outras questões ligadas à dependência química. As políticas públicas em nosso Estado não tem conseguido acompanhar a violência dessa epidemia. A impressão é que para cada nova estratégia voltada a mudar esse panorama, uma rápida ação dos líderes do tráfego é reformulada. As instituições dos profissionais que trabalham com esse problema sentem-se como personagem de fábula sobre a lebre e a tartaruga, no papel do lento réptil que, por persistência acaba de vencer. Infelizmente, com toda relutância, o dia da vitória não tem acontecido. A lebre continua sendo mais veloz. Esse sentimento é fruto da somatória de duas realidades: os estudos científicos e epidemiológicos em contraste ao descaso e as poucas mudanças direcionadas ao problema. Como lidar com uma realidade de cerca de milhares de usuários de crack na Bahia, em contraste com a diminuição gradual dos leitos de internação pública? Como aceitar a discussão a cerca da liberação da maconha, sabendo que seu consumo precoce poderá está na gênesis de um transtorno psicótico? Nos Estados Unidos da América, (EUA) por exemplo, os custos diretos com o tratamento de dependência química estão na ordem d e 18 bilhões, enquanto os custos anuais para a sociedade em decorrência de problemas relacionados ao consumo de álcool e outra drogas já foram estimados em mais de 410 bilhões. No Brasil, apesar de poucos dados científicos a respeito do impacto econômico do uso de drogas, sabe-se que, na prática, muitos pais desesperados com a situação da dependência química em seus lares, acabam por gastar grande parte de seus poucos recursos financeiros para custear o tratamento de familiares. Com a epidemia do crack, tal realidade é duplamente verdadeira; ao mesmo tempo que é fato que nem todos os usuários dessa droga são pobres, ou seja trata-se de epidemia atual sem barreiras socioeconômicas, o crack e álcool acaba de empobrecer a todos.

2 comentários:

  1. Noélia costa23 novembro, 2011

    Fiz um comentario sobre esse artigo,e vc não botou,esse artigo foi tirado do nosso sobre o alcool e o crack,fico feliz mas ptrecisa colocar a fonte.Tenho um programa de radio e falarei sobre isso,espero sua resposta positiva.meu telefone é 93317650.

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  2. Quero expressar minha total admiração pelas matérias, principalmente no que diz respeito a política, com históricos completos, esclarecedores e envolventes. Realmente vocês são o melhores da internet. Meus parabéns. Elizabeth Sabóia da Silva

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