37 MIL FAZEM CONCURSO DA UFBA

Apesar do boato sobre o vazamento da prova, imediatamente negado pela Universidade Federal da Bahia, 37 mil candidatos inscritos participaram, ontem à tarde, das provas para as 88 vagas no quadro administrativo da instituição em Salvador, Barreiras e Vitória da Conquista. “Achei o nível alto das questões, principalmente nas provas de Administração Pública e Informática’, disse Ícaro Pereira, 22, que, a exemplo dos outros concorrentes, desembolsou R$ 45 no ato de inscrição para o concurso. Com cerca de 20 questões para as provas de Contemporaneidade, Administração Pública, Informática e Portu-guês, o concurso atraiu basicamente jovens com o Segundo Grau completo, a maioria desempregados. “Estou sempre fazendo concursos. Preciso passar para poder começar a trabalhar e pagar as minhas contas com dignidade”, declarou o candidato Róbson Silva de Jesus, 25, que acreditava ter feito “uma boa prova” numa das 46 salas do Iceia, situado no Barbalho. “Eu gostei muito da prova que eu fiz. Levei duas horas certinhas para responder. Não estava tão difícil quanto eu esperava. A de Informática tinha pegadinhas, foi a mais complicada, mas tudo bem. Apesar de tantos inscritos, com fé em Deus eu vou ser chamada”, enfatizou a candidata Helena Sampaio, 19, formada em Marketing. “Foi uma ótima prova. Muito bem elaborada. Quem estudou eu acredito que passe”, avaliou Ísis Santos, 28, que também achou as questões de Informática as mais difíceis do concurso. “Estudei pouco Informática. Me concentrei mais em Português, na interpretação de textos. Quem está atualizado não deve ter tido dificuldades na prova de Contemporaneidade”, observou João Batista Fernando, 36, que fez a prova numa das salas da Escola Getúlio Vargas, também localizada no Barbalho. A denúncia anônima sobre o suposto vazamento da prova do concurso para assistente administrativo da Ufba apontou versões de roubo, impressão fora da Bahia com desaparecimento de um exemplar e de acesso prévio de um professor que estaria comercializando o gabarito, mas nenhuma delas foi comprovada verídica por parte da instituição. “O concurso seguiu todas as normas de segurança”, afirmou a esta Tribuna a professora Antônia Calo, diretora responsável pelo processo do concurso da UFBA. (Nelson Rocha).