Vivencia-se nesta época os festejos juninos, consagrados ao Santo Antônio, São João e São Pedro. O primeiro, grande figura da terra de Camões; o segundo, conhecido como Precursor e fez o batismo de Jesus Cristo, e o terceiro, chefe dos doze Apóstolos e primeiro Papa da Igreja Católica. A festa junina é realizada em todas as partes do Brasil, principalmente no Norte e Nordeste, significando o espírito religioso popular, mantendo uma tradição de longos tempos. As Igrejas, com suas preces e cânticos, celebram os dias 13, 24 e 29 de junho de cada ano. O povo com suas rezas em suas casas, iluminadas ao clarão das fogueiras, bandeirolas recortadas em ângulos, e muito colorido, sempre festejou ao sabor das iguárias juninas. E as labaredas esbraseadas lembravam os tempos passados, quando o homem primitivo recolhia a sua caverna ao pé da lareira. A garotada festejava em gritos, ao ver os balões (hoje proibidos) subindo rapidamente, eram como símbolos da sorte. E jovens empunhando pistolões, chuvinhas, bombas, estrelinhas e diabinhos. Lembro-me dos busca-pés propiciando um combate um tanto exagerado. O foguetório era grande. Em seguida, vinham nos salões as Quadrilhas, onde os folcloristas, pelo menos no Nordeste, uns a consideram dança folclórica, outros não. Temos também as Quadrilhas com casamento matuto. A quadrilha vinda da França que continua a percorrer o mundo radicou-se na Europa e nas Américas, sobrevivendo-se extraordinariamente há mais de 3 séculos. No que refere as comidas típicas, as tradições não se alteraram; existem ainda o milho assado, a canjica, o munguzá, a pamonha, o bolo de milho e o bolo de mandioca. Nos bairros itabunenses, festividades aos três grandes santos devem continuar mantendo a tradição de outrora como que num renascimento, fazendo retornar o júbilo popular, o espírito místico do povo sulbaiano, o amor às coisas belas. É confortável escrever sobre o passado, ao clarão das fogueiras iluminando as noitadas juninas. Embora não tenhamos mais, como antigamente os festejos juninos que faziam os bairros do São Caetano, Mangabinha, Pontalzinho, Fátima, Ferradas e uns outros disputarem qual era o mais empolgante e atrativo da cidade... infelizmente.
O AXÉ MUSIC NÃO CONSEGUIU ACABAR COM AS TRADIÇÕES POPULARES DO FORRÓ EM PERNAMBUCO, MAS FEZ ISSO AQUI NA BAHIA.
ResponderExcluirO QUE MENOS SE OUVI NA BAHIA, SÃO MÚSICA DE FORRÓ, INFELIZMENTE.
JOSELITO BRITO
Antigamente as festas de São João eram mais animadas.
ResponderExcluirA violência, a descaraterização e a mecanização dos festejos estão fazeno um mal enorme a esta festa que é o que existia de mais animado. Fernando Góes