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10 de agosto de 2010

CRIANÇAS SOFREM COM BRIGAS DOS PAIS

Meninos ou meninas chegam em consultórios médicos com sintomas de doenças físicas como vômitos, dor de cabeça, náuseas, febre e, na verdade, o que eles têm são dores da alma, isto é, momentos vividos de angústia em seus lares, causando modificações no organismo. Vivemos em uma época de alterações dos valores e os índices de desencontros da sociedade são impressionantes; eleva-se a sexualidade na juventude, a violência urbana e a desestruturação da família a cada dia, criando desencontros entre pais e filhos, fazendo surgir as doenças da alma. A luta pela sobrevivência, casamentos não realizados afetivamente, pais nervosos, alcoolizados muitas vezes, transformam os lares em ambientes profundamente negativos e a criança sofre demais como observadora de pais que não se respeitam e brigam constantemente. A criança é um ser de extrema sensibilidade e as impressões que ela leva de sua infância decidem o seu futuro. Os casais que brigam muito na frente dos filhos não podem imaginar os transtornos psíquicos que estão causando neles. A agitação da casa age até mesmo sobre a criança que mama. Observa-se que as crianças choramingam quando os pais brigam, acalmam-se passando o temporal. Quando os pais brigam frequentemente, a situação é muito desgastante para a criança, alterando profundamente o seu comportamento: fica triste, diminui o rendimento escolar, tem insônia, inapetência, dor de cabeça, etc. Essas são as chamadas doenças físicas resultantes de transtornos psíquicos, frutos da visão negativa de confrontos de quem tanto ela ama – seus pais. No futuro, com certeza, essas crianças que assistem esses conflitos serão adultos tímidos, acuados, com baixa auto-estima. Ou, ao contrário, agressivos e violentos. E quando os pais não se respeitam, com trocas de desaforos ou nomes sujos, a vida da criança se transforma num inferno, assistindo aquela batalha. Em cada briga, como forma de defesa, ela leva suas mãozinhas aos olhos e aos ouvidos, como quem quer recusar ver e ouvir cenas tão degradantes. A vida é a arte do encontro, mas encontros de felicidade, agradáveis, que dêem retorno de alegria. Essas crianças que vivem em lares desajustados, que sofrem com os desencontros dos pais, terão provavelmente uma juventude frustrada e serão eternos sonhadores, caminhando pela vida sempre buscando algo que lhe dê satisfação interior. Está provado que a criança na idade dos 3 aos 6 anos, grava no seu inconsciente todas as cenas vividas, as quais terão uma influencia decisiva em seu futuro.

12 comentários:

  1. É sabido que as crianças sofrem emocionalmente e psicologicamente quando os pais se divorciam, mas muitas vezes é mais saudável e benéfico para elas viver em harmonia com os pais separados, do que em guerra com eles juntos.
    É importante que o casal adepto do pensamento "só não nos separamos porque as crianças vão sofrer" reflita sobre isso e pense se as crianças já não estão sofrendo; se elas já não estão apresentando alterações de comportamento como reflexo da falta de entendimento dos pais.
    Antonio Monteiro de Jesus

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  2. Val Cabral, brigas na frente de crianças também podem fazer com que os filhos percam o respeito pelos pais, briguem na escola, agridam os colegas e só conversem gritando. Isso ocorre por que as crianças tendem a reproduzir na rua aquilo que vêem em casa. Crianças (principalmente as muito pequenas) são como esponjas: captam tudo o que ocorre perto delas, para posteriormente reproduzir esses comportamentos.
    Jorge Santana de Albuquerque

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  3. Amigo Val Cabral
    As crianças precisam de harmonia e paz. Um ambiente desagradável, de queixas e insatisfação, pode provocar incontáveis problemas, principalmente em bebês, que dormem mal, choram muito, têm alergias, vômitos, assaduras, resfriados freqüentes e crises de bronquite. Não é necessário nem estudo para se chegar a essa conclusão que infelizmente muita gente ignora.
    Vanessa Lima

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  4. toda e qualquer briga nos afetas
    se for no caso entre pais
    o sofrimentos dos filhos é inevitavel
    palavras tem o poder de destruir e deixar cicatrizes na alma...
    Joelma Tavares da Conceição

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  5. Os pais são os espelhos dos filhos, uma criança que cresce em meio a brigas e violencia não será outra coisa que um adulto violento. Rubens Santos

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  6. Realmente! artigo perfeito. Briga entre pais afeta a mente das criança sem dúvidas, afinal imagine as duas pessoas que literalmente criou você brigando, isso faz perder o chão de qualquer um. Jorginho

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  7. Olá Val Cabral
    Gostei deste texto, e por experiência própria..... as palavras podem também destruir uma pessoa, atrapalhar sua vida e levar a situações muito complicadas.
    Belo texto
    Abraço
    José Geraldo Nogueira

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  8. As crianças são capazes de compreender tudo o que se passa ao seu redor, além de captar o clima do ambiente no qual estão inseridas. Ou seja, elas são capazes de perceber se estão vivendo em um local de paz e harmonia, amor ou discórdia, brigas e desunião.

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  9. Existem casais que chegam ao ponto de colocar as crianças no meio das chantagens que fazem com o parceiro (Ex: se você se separar de mim nunca mais verá o seu filho), ou incluí-los na discussão (Ex: Você está vendo o que o seu pai faz comigo; Não acredita na sua mãe que ela é louca). Como conseqüência disso os filhos adoecem, ficam agressivos, hiperativos.
    Mas a maioria dos casais dificilmente vê esses problemas como reflexo do relacionamento doentio que vivem e acabam vendo a situação da criança como mais um problema a ser solucionado.

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  10. Brigas na frente de crianças também podem fazer com que os filhos percam o respeito pelos pais, briguem na escola, agridam os colegas e só conversem gritando. Isso ocorre por que as crianças tendem a reproduzir na rua aquilo que vêem em casa.

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  11. Crianças (principalmente as muito pequenas) são como esponjas: captam tudo o que ocorre perto delas, para posteriormente reproduzir esses comportamentos.

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  12. É importante que o casal adepto do pensamento "só não nos separamos porque as crianças vão sofrer" reflita sobre isso e pense se as crianças já não estão sofrendo; se elas já não estão apresentando alterações de comportamento como reflexo da falta de entendimento dos pais.

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