SÓ A DUPLICAÇÃO DA BR 415 RESULTARÁ EM REDUÇÃO DOS RISCOS

Acidentes podem e devem ser evitados. Naturalmente, nunca serão eliminados, mas podem ser drasticamente reduzidos. Em muitos dos casos não é difícil localizar pontos de risco para ocorrências acidentais de gravidade e, daí serem tomadas medidas preventivas. Nos tempos recentes muito se tem avançado neste sentido, com o estudo e modificações em sistemas elétricos domésticos, por exemplo. No caso dos veículos, a simples adoção do uso obrigatório do cinto de segurança tem sido responsável pelo salvamento de muitas vidas. Ainda no campo dos acidentes de trânsito, choca a opinião pública as mortes que acontecem constantemente na rodovia que liga Itabuna a Ilhéus, com acidentes que, aparentemente, teriam tudo para serem evitados, caso esta pista tivesse sido duplicada. Esta é uma das vias mais tortuosas na malha interrurbana do sul da Bahia e coleciona um arsenal de riscos, com curvas fechadas e intenso tráfego. E, como se não bastassem esses condicionantes objetivos, subjetivamente um outro perigo é representado pelo inexorável fato de que a citada via é usada por motoristas apressados, mormente buscando fugir dos enormes engarrafamentos que paralisam o percurso entre as duas principais cidades da região cacaueira. Vários fatores de perigo, portanto, transitam na BR 415. O que fazer para evitar tragédias anunciadas como essa? Uma primeira resposta, certamente não a única, indica como solução viável e relativamente barata a instalação de redutores eletrônicos de velocidade. Essas “porteiras” eletrônicas tem surtido bons efeitos onde têm sido instaladas, além de carrear para os cofres públicos uma razoável quantidade de recursos. É indispensável um reforço no investimento na modernização dos instrumentos de controle da segurança no trânsito. Mas, nenhuma outra solução é mais oportuna do que a duplicação desta estrada. Vidas dependem dessas iniciativas.