Vestidos de preto e carregando cruzes, os servidores da Justiça Federal realizaram, na tarde de ontem, após debate, um ato público no Centro Administrativo (CAB) em protesto contra a situação do Plano de Cargo e Salário (PCS) da categoria. Os manifestantes saíram em passeata pela Avenida Paralela, parando na Assembléia Legislativa em solidariedade aos servidores do Poder Judiciário Estadual, que também estão em greve desde o mês de maio. A categoria é contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 549/09 que propõe o congelamento da despesa dos servidores por 10 anos sem concurso público e além disso lutam em defesa do Pl6613 que sugere o plano de cargos e dos salários. Sem avanço nas negociações, a classe permanece em greve por tempo indeterminado há 23 dias. O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal (Sindjufe-BA), Rogério Fagundes, enfatiza que o objetivo da manifestação é apresentar à sociedade os contratempos originados pela não realização de concursos para provimento de cargos e a diminuição da verba reservada para reformas e ampliações de espaços. “Estamos cientes que a paralisação prejudica a população, mas tivemos que deflagrar a greve por tempo indeterminado em decorrência da necessidade de valorização do serviço público e da falta de acordo por parte do Governo e do Judiciário. Estamos com baixo efetivo e, sem concurso, ficamos assoberbados de trabalho. Temos a esperança de que haja um acordo para que possamos voltar a operar”, conta. Conforme relata a servidora e diretora do Sindjufe-BA, Denise Carneiro, anteontem houve uma reunião com o secretário de Recursos Humanos do Supremo Tribunal Federal (STF), Amarildo Vieira, quando foi exposta a atual situação dos trabalhadores. Na oportunidade, os líderes sindicais entregaram um documento de apoio ao projeto de revisão salarial da categoria. “O Supremo ficou de chegar a um acordo e, a depender do que ele nos apresente, vamos nos reunir com a categoria em Assembleia Geral na quarta-feira da próxima semana, às 10 horas, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), localizado no Comércio, e decidir se vamos ou não continuar com a greve”, explica. O coordenador-geral do sindicato contou à Tribuna que o Plano de Cargo e Salário (PCS) da categoria está sendo discutido pelos Diretores Gerais dos Tribunais Superiores, em Brasília, e, a depender da negociação, os servidores podem ser beneficiados com o parcelamento do reajuste em duas vezes, com parcelas em janeiro e julho de 2011. (Ludmilla Cohim).
Essa greve não é do servidor público para ele mesmo, e sim do servidor público para o serviço público.
ResponderExcluirComo sempre quem sofre é o povo. Lamentável esta greve. O governo precisa tomar medidas imediatas, aos grevistas, a lei que disciplina as greves dos servidores públicos brasileiro precisa ser revista, para que a população não fique sofrendo com movimentos dessa natureza.
ResponderExcluirQue tal a população fazer uma greve de IPTU?? quem serão os prejudicados?
ResponderExcluirTudo bem lutar pelos seus direitos, mas, é incrível como a população não envolvida é quem paga o pato em caso de disputas como essas.
ResponderExcluirAonde será que foi parar o dinheiro que o governo destinou para o aumento do salário deles?
ResponderExcluirÉ o Estado está parado Sr. Governador, Polícia Civil, Justiça, Educação,só falta a Polícia Militar. Aí eu quero ver como fica a sociedade. E olha que é ano de eleição. Abra bem o olho Governador.
ResponderExcluirÉ... mais uma vez quem sofre é a população com essa justiça lenta ou melhor: paralítica, sem cadeira de rodas. Acho correto brigar por seus direitos de funcionário, porém quem não anda sem greve, com greve então... já era.
ResponderExcluir