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16 de maio de 2010

CAVALCANTI ADMITE MÁGOA DO PMDB E NEGA APOIO A WAGNER

Sem “papas na língua”, o empresário João Cavalcanti confessou ontem à reportagem da Tribuna da Bahia que, apesar já ter sido assediado pelo PT, não irá apoiar o projeto de reeleição do governador Jaques Wagner. Segundo ele, a suposta adesão anunciada pelo governador no programa Ligação Direta, da Nova Salvador, ontem pela manhã, não passou de uma “brincadeira”, já que eles mantêm uma relação de amizade. Além disso, o empresário ligado a minérios e sócio de grupos como Opportunity e Votorantim reforçou que o contato com Wagner por telefone, na noite anterior, teve como objetivo apenas consolidar as negociações em torno dos projetos do Porto Sul e da Ferrovia Leste Oeste. Surpreendendo, o empresário declarou, entretanto, que sente mágoas pela forma como foi tratado no PMDB. Filiado ao partido desde o final do ano passado, Cavalcanti afirmou que em alguns momentos se sentiu “desrespeitado” pela legenda. “Quando cheguei, me disseram: ‘Escolha. Depois, não sei se por questão de estratégia, deixei de ter esse privilégio e fui motivo de gozação entre os empresários em São Paulo, que relembraram o fato de eu ter sido anteriormente pré-candidato à vice e ao Senado”, contou, ponderando em seguida que a mágoa já havia passado. “Continuo mantendo o apoio a pré-candidatura de Geddel Vieira Lima ao governo do estado”, acrescentou. JC, como é conhecido no meio dos empresários, lembrou que as propostas do PMDB permaneceram - inclusive com a opção pela candidatura a Câmara Federal - mas ele desistiu por influência da família e dos empresários com quem mantém sociedade. “A política só tem me prejudicado. Sofri muita pressão de minha família e de meus sócios, o que me trouxe muita dor-de-cabeça. Aprendi também que política, como disse um conhecido político, é igual nuvem – tudo muda”, disse. Em um claro recado ao PMDB, ele criticou “os acordos não firmados”. “Tenho visto que na política o que não se combina não se acerta. No mundo empresarial é diferente, nos acordos formalizados com os acionistas se cumprem as regras”, afirmou. No entanto, apesar dos desabafos, o empresário reiterou por diversas vezes que continuará ao lado de Geddel, a quem ele chama de “político pegador e empreendedor”. RELAÇÕES EMPRESARIAIS - Ao citar o governador, o empresário destacou que se trata de um amigo com quem tem conversado sobre ações empresariais e grandes projetos. Ele anunciou ainda: “Vamos assinar nos próximos dias um protocolo para o projeto Sul América de Metais S.A que será no Norte de Minas, mas terá sua parte industrial no Porto Sul, na região Sul do estado. Com isso, só a Bahia irá receber R$ 13,5 bilhões – com uma geração de 40 mil a 100 mil empregos diretos”. Cavalcanti admitiu ainda que se não tivesse filiado ao PMDB analisaria as propostas de governo apresentadas pelos principais pré-candidatos, porém descartou aliança política com o ex-governador e pré-candidato Paulo Souto (DEM). “Ele só fez prejudicar a Bahia, atrasando os projetos de mineração. Além disso, está em final de carreira política e vai sumir perdendo feio nas eleições”, declarou. Ele ressaltou que na hora de votar o eleitor deve se pautar nos projetos de governo de cada candidato. Em entrevista à Rádio Nova Salvador, durante programa apresentado pelo deputado federal Marcos Medrado (PDT), ontem, o governador declarou que conhecia Cavalcanti há algum tempo. “Ele disse que não quer entrar na política e quer declarar a simpatia, o apreço e o apoio ao nosso governo”. (Lílian machado).

Um comentário:

  1. Este cidadão chegou a imaginar, que ser bilionário era suficiente para ser o que bem entendesse na política. Pena que ele tenha desistido... ele iria perceber que o buraco na política é mais embaixo!!!!
    Ricardo Pereira

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