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Trief

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25 de abril de 2010

ESTAMOS EM TEMPOS DE CONTRATEMPOS

A doença é o lado noturno da vida, uma cidadania onerosa. Quem nasce tem a dupla cidadania, uma do reino da saúde, outra do reino da enfermidade. Preferimos usar o passaporte da saúde, que é dia claro de sol, mas somos obrigados, ao menos por um instante, a nos identificar com o passaporte daquele outro lugar, que é uma noite escura e sem estrelas, representada por doenças, moléstias e enfermidades. Essa metáfora é um fato inquestionável. Não é necessário ser radical, preto ou branco, para reconhecer que, em matéria de saúde, estamos no estágio cinza. Ainda continuamos campeões na incidência de tuberculose, hanseníase, cólera, dengue, entre outras doenças. Por pouco, não tivemos uma epidemia da gripe suína provocada pelo vírus H1N1. Era chamada de “suína” porque “o vírus da gripe sofre mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus humanos e das aves (gripe aviária)”. Vale salientar que o primeiro caso dessa gripe no Brasil foi identificado no dia 25 de abril de 2009. Está completando um ano de evolução sem a abrangência de uma epidemia, o que significaria o acometimento, a um tempo, de grande número de pessoas. Mesmo assim, em todos os estados têm sido diagnosticados casos dessa moléstia. A aquisição da vacina contra a gripe H1N1, pelo Ministério da Saúde, foi providência acertada e que merece referência. A descoberta das vacinas – inicialmente a vacina contra a varíola –, considero-a um dos grandes feitos da história da Medicina. Possibilitou a prevenção de doenças graves que marcaram época. Há 30 anos, eram numerosos os casos de tétano, coqueluche, difteria, paralisia infantil, preocupação constante das famílias. Se a dor que mais dói em um pai ou em uma mãe é aquela que vem através dos filhos, o desaparecimento dessas enfermidades foi motivo de alegria. A humanidade nunca contou com um arsenal científico tão eficaz para o controle de moléstias e enfermidades. Entretanto, somos vencidos, nos mais variados campos, por vírus e bactérias, diminutos agentes infecciosos que invadem nossas defesas imunológicas. (Sérgio Cordeiro de Lima).

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