Prefeitura Itabuna

Câmara Itabuna

Câmara Itabuna

28 de março de 2010

JUSSARA NÃO É MAIS BRUXA MEGERA

Shakespeare morreu afirmando “que há mais coisas entre céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”. Transponha, leitor ou leitora, essas palavras para o fato que vou narrar e que causou surpresa a muitos. Jussara, cuja origem familiar era gente de bem, boas pessoas, de ânimo agradável e solidário, cresceu e ficou adulta, extremamente má, segundo uns, e apenas orgulhosa, segundo suas amigas mais próximas. Arrastada pelas águas do orgulho, mantinha-se autoritária, egoísta, presunçosa, sem consideração aos interesses alheios. Seu relacionamento com a família era sempre um campo de batalha. A conduta da Jussara era tão repreensível, que muita gente passou a chamá-la de bruxa, megera! O marido Gegê, político e empresário bem sucedido, a tudo perdoava com paciência, contrapondo a explicação de que era necessária essa posição para facilitar a educação dos filhos. A mãe de Jussara sempre dizia: só um grande choque, um trauma emocional, vai fazê-la acordar para a realidade, pois esse não é o seu código genético. Anos se passaram e um fato abalou a cidade. A mansão da família foi assaltada por um grupo de homens armados que se apossaram do dinheiro e objetos de valor. Um dos ladrões mantinha sob a mira do revólver o marido de Jussara. De repente, a título de brincadeira, um dos ladrões gritou: polícia! Correria e fuga. Nervoso, o assaltante que vigiava do político e empresário atirou atingindo-o no coração. Para a família foi grande o sentimento de dor, sofrimento e saudade. Entretanto, o que mais chamou a atenção foi a reação da Jussara, que, de tristeza e angústia, passou à depressão. Nada a consolava. As amigas insistiam: era necessário acordar do pesadelo, recuperar-se, cabia-lhe agora assumir a família, identificar-se como provedora na manutenção do grupo familiar. Ofereceram-lhe o livro que ela jamais havia lido: a Bíblia! Leia, insistiram. Esse livro ajudará em sua recuperação. Dentro de algum tempo, a melhora foi visível. A leitura fez com que acordasse sua força interior, vontade de viver e de reassumir a identidade perdida. Aceitou o desafio de reencontrar-se. “Nascemos indivíduos, mas a condição de ser pessoa é um lugar a ser alcançado”. Jussara voltou à vida. Assumiu uma nova condição humana, amável e solidária. “As alegrias costumam ser preparadas no silêncio das duras esperas. Não é justo que o ser humano passe pelas experiências de calvários sem que delas nasçam experiências de ressurreições”, assim afirma o sociólogo Selem Rachid Asmar.

Um comentário:

  1. Querido Val Cabral

    Cheguei a acreditar que esta notícia se referia a esposa do Geraldo Cabeça de Pitu: Juçara Feitosa!!!!
    Mas, acho que tem tudo a ver... pena que ela ainda não é viúva e que continui megera!!!!!

    Orlando Pereira

    ResponderExcluir

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: