OPOSIÇÃO CRITICA O GOVERNO NA VOLTA DAS ATIVIDADES DA AL

O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Heraldo Rocha (DEM), cumpriu o que havia prometido na véspera da reabertura dos trabalhos na Assembléia Legislativa. Ontem ele fez duras críticas ao discurso do governador Jaques Wagner (PT) proferido durante a sessão que marcou a solenidade. Para o parlamentar, o governador transformou o evento em um ato político e partidário, utilizando para fazer comentários favoráveis à candidata petista à Presidência, ministra Dilma Rousseff. Rocha também condenou vários pontos citados pelo governador sobre o combate à violência durante o Carnaval. “Infelizmente, não vemos o mesmo durante o decorrer do ano. Este governo atua apenas em questões pontuais e não tem um desempenho linear favorável durante todo o ano”, comentou. Para ele, a atual gestão tenta culpar o tráfico de drogas e, sobretudo o crack, pelo crescimento da criminalidade, citando os diversos outdoors espalhados por todo o Estado. “É possível ler, claramente, a seguinte afirmativa: o crack é o responsável por 80% da causa de violência”, ironizou. Segundo o líder oposicionista, o governador tenta transferir para a droga ilícita a responsabilidade pelo “crescente” aumento da violência na Bahia. “Essa informação é um absurdo, contestada até por grandes profissionais como o psiquiatra Antônio Neri. Ele afirma que isso é uma grande inverdade”, reforçou. “Eu esperava que o governador mostrasse com dados o que ele vem afirmando com a publicidade. Ele se deteve a falar sobre as obras virtuais como a ponte Salvador-Itaparica e a Ferrovia Leste-Oeste. Além disso, ele enfatizou a questão da segurança pública, que é um grande problema do seu governo, onde o aumento da criminalidade e violência assusta os baianos”, concluiu. O vice-líder da oposição, deputado João Carlos Bacelar (PTN), também criticou a mensagem do governador Jaques Wagner, afirmando que ela não trouxe nada de novo. “A mensagem do governador não passa de uma lista de intenções daquilo que o governo promete realizar desde o primeiro ano e que ainda não concretizou. As principais ações apresentadas ainda se baseiam em ações do governo federal. Vimos um desfilar de conceitos equivocados, um rosário de promessas não cumpridas e baseadas numa propaganda que não consegue refletir a verdade”, enfatizou Bacelar. (Evandro Matos)