Quem vive em Itabuna não desconhece a existência de verdadeiros exércitos de zumbis que perambulam pelas ruas escuras movidos unicamente pela maldita pedra do crack. Nem
parecem mais seres humanos: são farrapos de gente, pessoas que renunciaram à saúde, à vaidade e à dignidade para se deixarem embalar pelo feitiço ilusório da fumaça tóxica que atinge o cérebro em segundos, aumenta o ritmo cardíaco, dilata as pupilas, eleva a temperatura e projeta o usuário para um estado de agressividade, de paranóia e torpor. O crack também causa problemas cardíacos, parada respiratória, derrames, infartos, náuseas, dores abdominais e perda de apetite. A saída deste labirinto de horrores é muito difícil de ser encontrada. O índice de recuperação das clínicas especializadas é baixíssimo e o de mortes, pelos estragos no organismo ou pela violência comum entre usuários e traficantes, é muito elevado. A sociedade, infelizmente, não está preparada para lidar com esta maldição moderna. As famílias tendem a ocultar o problema quando um de seus membros mergulha no poço sem fundo e só procuram ajuda quando as relações domésticas estão irremediavelmente deterioradas. Pior: o poder público e o sistema de saúde não dispõem de alternativas para o atendimento desta população de dependentes químicos. A novela familiar é bem conhecida, porque se repete centenas de vezes em muitos lares. Jovens que experimentam a droga tornam-se dependentes quase que instantaneamente, sentem necessidade de usá-la 20 ou até 30 vezes por dia e são capazes de qualquer coisa para obtê-la. O caminho é quase sempre o mesmo. Os viciados começam roubando da própria família e depois partem para delitos cada vez mais graves e violentos. As conseqüências são terríveis: dor, prostituição, roubos, assassinatos, famílias destruídas, seres humanos degradados, transformados em personagens de filme de terror. A solução depende de todos nós, da nossa capacidade de enfrentar o problema, do nosso poder de organização, da nossa vontade de lutar pelas pessoas que amamos, da nossa capacidade de dizer "não" a essa droga maldita com toda a força da nossa alma.

É dever dos profissionais da área de saúde identificar e saber tratar um paciente usuário de drogas ilícitas, minimizando seus efeitos e acompanhando para o tratamento do vício.
ResponderExcluirOs pais tem uma grande parcela de culpa em não educar seus filhos corretamente. Os pontos de venda e de consumo estão ai na cara de todos. Só a polícia não ver e ainda culpa a sociedade por não denunciar o tráfico.
ResponderExcluirFico triste de ver tanto jovem sendo arrastado pelas drogas, na minha cidade, o índice de violência aumentou em virtude do consumo de drogas, faço um apelo a sociedade, estado, família, e todos os seguimentos religiosos, ajudem estas pessoas a se livrarem desse mal.
ResponderExcluirEstamos vivendo numa sociedade violenta, a maioria das pessoas hoje não se importam com o próximo. Esse quadro, irá abrir os olhos daqueles que tem coração,mas que estão cegos diante desta droga, que tá tomando conta da sociedade. É triste ver jovens, que podem ter um futuro brilhante pela frente, se entregando a uma droga que prejudica tanto o ser humano.
ResponderExcluirO Crack tem destruído muitas famílias, porém o poder público tem como eliminar essa droga em nosso Estado.
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