Prefeitura Itabuna

Câmara

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3 de maio de 2009

NEM SEMPRE SE DIZ A VERDADE - Nem sempre se pode dizer uma verdade verdadeira, embora desde que somos crianças, algo que sempre procuram nos ensinar, é que nunca devemos mentir, que só devemos falar a verdade, pois é muito feio mentir, mas por vezes, o que fazemos é omitir a verdade, o que não pode ser considerado mentira... Ou pode? Até contam a história de um certo Pinóquio, cujo nariz crescia a cada mentira contada. Tremenda mentira essa, pois se verdade fosse, qual seria o tamanho do nariz de Geraldo S. de Oliveira, Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Maluf, Pedro Gago...? Na verdade, o que mais vemos pela vida afora são pessoas que, para não dizer que mentem, dizemos elegantemente que não seguem estritamente a veracidade dos fatos, omitindo certos detalhes que podem ser inconvenientes se trazidos à luz da verdade. Em resumo, MENTIRAS. Sempre estamos convivendo com distorções da chamada verdade. Experimentem fazer uma tentativa, ou seja, ficar UM DIA, apenas um dia que seja, sem dizer uma única mentira, por menor que ela seja. Mas sejam sinceros, não mintam... E confirmem se conseguiram... Seja para justificar um pequeno atraso, quando dizemos que houve congestionamento de transito, ou pneu furado, ou qualquer outra história que nos ocorra no momento, mas jamais diremos que perdemos a hora porque dormimos demais, que seria a verdade verdadeira. Quando deixamos de fazer algo que nos pediram, nossa criatividade é realmente posta à prova, pois não nos faltarão desculpas as mais esfarrapadas possíveis. Mas dizer simplesmente: "Esqueci, desculpe-me..." não se diz. Ninguém gosta de admitir que cometeu o "crime do esquecimento". Se for pessoa de mais idade, o perigo é maior, pois poderá ser falsamente considerado esclerosado. O que será mais uma mentira. Enfim não faltam "justificativas", quando o mais honesto e correto seria admitir nossas falhas, porque afinal somos humanos, e como tal, sujeitos a erros, esquecimentos e mais uma porção de coisas que ninguém gosta de admitir. Julgar que somos infalíveis, é a maior de todas as mentiras que nos dizemos... As vezes me deparo com situações em que ouvintes em meu programa de rádio, me indagam por que não “esculhambo” com Fernando Gomes” e para não mentir, sugiro-lhes mudar de sintonia e acessar a Rádio Morena FM, pois é aí onde a giripoca pia pro lado do ex-prefeito. É que Fernando é dono da Rádio Difusora e a verdade me faz recordar de um adágio que diz muito verdadeiramente: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”! E fugimos das verdades para não nos submetermos às circunstâncias de desemprego, constangimentos... Quantas vezes temos que "falsear uma verdade" para não ferir alguém. Quantas vezes deveremos dizer uma mentira piedosa, e não uma verdade nua e crua. Quantas vezes estamos diante de alguém que quer nos dizer alguma coisa, mas por circunstâncias diversas não pode ou não quer dizer a realidade dos fatos. Nessas ocasiões, temos duas alternativas, ou "engolimos a pílula dourada", usando a política do "me engana que eu gosto", ou procuramos "ler" a verdade que nos está sendo escondida, mesmo que vá nos aborrecer... Muitas vezes é mais gratificante "ler" a verdade, e deixarmos que pensem que estamos sendo iludidos. Existem casos em que não é realmente bom que a verdade venha à tona. Tenho certeza de que todos já vivemos situações semelhantes. Fica então a pergunta que mais vezes as crianças nos fazem: "Mas se papai está em casa... por que mandou dizer que não está?" "Por que papai não quis falar com aquela moça que telefonou?" "Por que nos dizem tantas mentiras, e quando mentimos, nos castigam?". Em verdade (será que é mesmo?), sempre convivemos com mentiras, sejam pequenas, grandes, ou médias... Sempre será, pelo menos, um "falseamento da verdade". E sempre procuramos passar a imagem de que não mentimos, os outros nos mentem, nós apenas omitimos uma realidade detestável... Claro que existem certas "mentiras necessárias", em situações que a verdade apenas irá precipitar uma crise, ou piorar uma situação. Exemplo, um médico diante de um paciente terminal, cujo conjugue poderá não suportar saber que seus dias estão contados. Dizendo a tradicional "mentira piedosa", ou seja "ele está estável e melhorando...", poderá permitir que sua cabeça seja mais bem trabalhada para suportar a inevitabilidade do fato. Existem muitas situações parecidas, quando não é aconselhável dizer-se a verdade... Essa pobre e tão reclamada verdade, sempre exigida nos outros, principalmente para as crianças, e que nem sempre empregamos. Será que é de tanto ouvir os adultos mentirem, que as crianças gostam de mentir? Sem poder dizer onde está a verdade, faço questão de, em verdade, dizer que me esforço sempre para não mentir, ainda que para tanto, só me reste a alternativa de omitir!.

9 comentários:

  1. Tomara que os políticos não saibam que mentir para ter voto é algo que já não convence ninguém e que eles continuem com essa mentira, pois é ela que vai derrotar eles!! Guilherme

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  2. Se todos os políticos falassem a verdade, eles acabariam deixando de serem políticos e passariam a ser presidiários, pois não esconderiam suas maracutaias. Mas, como seria extraordinário se isso pudesse acontecer!!! teriamos va´rias bandidos fora da política!
    Roberto Fontes

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  3. CADÊ QUE VC TAMBÉM NÃO DAR EXEMPLO?
    TEM MEDO DE QUE?
    POR QUE VC NÃO FALA DE MARCOS GOMES EM SEU PROGRAMA?

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  4. Apesar de ser tentador acreditar que se sabe a “verdade” ou o que é melhor para o outro, um pouco de humildade e dúvida não faz mal.

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  5. Falar a verdade é muito bom.
    Sinal de honestidade e retidão de caráter.
    Mas é preciso ter cautela.
    Algumas “verdades” não devem ser ditas porque magoam e quem ouve talvez não possa fazer nada para mudar.
    Por exemplo, dizer para a amiga que ela está gorda é bobagem. A menos que saiba que ela não tem espelho ou que é cega. Mesmo assim...
    Falar que não gostou de um jantar que foi preparado com carinho ou da decoração da casa é totalmente desnecessário. Não é preciso mentir, só não comente.
    O mesmo sobre coisas do tipo “Você não fica bem com esta roupa”, quando a pessoa já saiu de casa e não tem como mudar.
    Quem gosta de falar as “verdades” precisa se perguntar se está falando da sua ou a da pessoa?
    Uma das coisas mais difíceis é aceitar que duas pessoas possam ter opiniões totalmente diferentes sobre um mesmo assunto. Daí, aquela frase famosa: “O que seria do amarelo se todos gostassem do azul”.
    Quem gosta de ser sincero, precisa estar atento se a pessoa está disposta a ouvir o que se pensa.
    Muitas vezes somos tentados a dar opinião sobre o que não nos diz respeito, “meter o bico” aonde não somos chamados.
    O correto antes de sair dando palpite na vida alheia é pensar:
    A pessoa pode mudar? Se for uma característica física (cintura grossa, perna torta, nariz grande, etc.) não precisa tocar no assunto, porque provavelmente a pessoa já sabe. Se for perguntado, uma boa resposta seria “Quando eu olho você, vejo outras coisas”.
    Evitar fazer comentários do tipo: “Detesto quem não gosta de ler” ou “Quem não gosta de cinema é burro”. Se quem ouve
    não gosta destas coisas, pronto se ganhou um inimigo.
    Sobre educação de filho, religião, casamento e outros assuntos polêmico, é melhor ouvir. Se sua opinião for diferente e resolver falar, uma sugestão é começar a frase assim: “Eu entendo o que você diz, mas penso um pouco diferente”.
    Se ouvir uma “verdade” sem pedir, sinta-se à vontade para responder: “Você foi muito sincero, agora é a minha vez. Não gostei”. Seja assertivo, talvez a pessoa também precise ouvir a verdade.

    Bernadeth Lopes

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  6. Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso.
    Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada...

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  7. Parece um absurdo,
    e no entanto
    é a exata verdade,
    que, se toda a realidade for vazia,
    não haverá mais nada de real
    nem de substancial no mundo
    além das ilusões.

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  8. Às vezes dói mais do que conseguimos aguentar. Se pudéssemos viver sem verdades talvez conhecêssemos um pouco de paz, mas seríamos vazios. Quartos vazios, fechados e úmidos. Sem verdades estaríamos verdadeiramente mortos.

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  9. Uma verdade dita com má intenção bate todas as mentiras que se possa inventar.

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