As vésperas de mais um Natal, as pessoas correm freneticamente para os últimos preparativos da ceia, compram presentes, reúnem familiares e amigos; uma festa para se gastar o que durante o ano todo não se gastou, afinal é natal! Os sentimentos de amor, perdão e bondade das pessoas afloram nestes dias, logo serão esquecidos, uma vez que, restarão só sobras, ressaca, dívidas do cartão de crédito, vazio porque todos já se foram. Assim, o ano novo trará o anonimato da rotina.
Pessoas
perceberão o quanto estão a sós, enganadas, maculando algo. Então, mais um
natal comprovou sua rotina, sem novidades, um desencanto. Se forem levados em
conta apenas estes fatos, então é verdade que o Natal é uma festa injusta, e
também, Deus é injusto, pois enquanto alguns recebem os presentes mais doces,
outros amargam mesa sem ceia, árvore sem luz e os embrulhos com outros
presentes desagradáveis que a vida oferece.
O
que dizer daqueles que passam num leito hospitalar, longe da família, sem
condições financeiras para presentear? Será uma festa injusta, se
fundamentarmos o que o papai Noel tem a oferecer, e o pressuposto que ele se
utiliza: “Só aos que foram bonzinhos”. Ainda bem que o Natal não é só isso!
Natal não pode ser comprado nem merecido, e se presentes são dados e recebidos,
antes de tudo lembram que Deus na sua justiça e misericórdia presenteou a
todos, com uma roupagem e maneira simples, nada de shoppings ou mesa farta, mas
na simplicidade de uma manjedoura.
Natal
tornou-se vazio, porque ninguém quer parar um pouco, deveria ser antes de tudo
um tempo de reflexão, mas quem quer diminuir o ritmo, olhar para sua realidade?
Sem a simplicidade de uma criança não há como viver o verdadeiro encanto do
Natal. Através de uma criança Deus enviou o verdadeiro e real presente, útil
não só num mês do ano, mas permanente por toda a vida e mais decisivo no final
dela.
O
Natal pode ser injusto, quando olhamos para nós e vemos que mesmo assim, Deus
se compadeceu de todos se presenteando, independente daqueles que podem ter um
Natal gordo ou mesmo aparentemente miserável; Será loucura para alguns,
salvação para outros. Todos podem celebrar o mesmo sentido, receber o mesmo
presente! Injusto?
Injusto é receber um presente e deixá-lo jogado embaixo da árvore de Natal, ignorado, petrificado como o menino Jesus no presépio, guardado em caixas durante o ano! Natal é Deus conosco, tempo de agradecer, tempo de louvar! Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem. Feliz Natal!

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