A CPMI que investiga o roubo bilionário a aposentados e pensionistas do INSS solicitou nesta sexta-feira (19) um novo pedido de convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”, filho do mandatário Lula da Silva (PT), a depor no colegiado. O pedido foi deferido pelo relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL).
Segundo
os autos de investigações da CPMI, Lulinha teria ligação com Antônio Carlos
Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso por ser o principal líder do esquema
de descontos indevidos. Gaspar também protocolou o pedido de convocação do
senador Weverton Rocha (PDT-MA), que foi alvo da PF na operação desta
quinta-feira (18).
A
ideia é aproveitar a grande repercussão e quebra de sigilos revelados pela PF,
em relação aos esquemas em que são citados os presos da operação “Sem
Desconto”. Como mostrou o Diário do Poder, na última sessão do ano, a base de
parlamentares de Lula blindou os alvos, incluindo o advogado-geral da União
Jorge Messias e Lulinha.
O
nome do filho do ex-presidente reapareceu como beneficiário do esquema, após a
nova fase da operação mirar a empresária Roberta Luchsinger, amiga de Lulinha.
Segundo a PF, as investigações apontaram o pagamento de uma mesada de R$ 300 mil
a uma empresa de Luchsinger.
Antônio
Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”, faz referência, em mensagens, ao
fato de que esse valor seria para “o filho do rapaz”, sem especificar quem
seria o rapaz. O relator pediu também a convocação de Roberta e de Danielle
Fontenelles, que seriam outro elo de Lulinha no esquema.
Na
operação desta quinta-feira (18), armas, dinheiro e carros de luxo foram
apreendidos pela PF. O secretário-executivo da Previdência, Adroaldo Portal,
foi preso e exonerado do cargo na autarquia, a pedido do ministro da
Previdência, Wolney Queiroz.
O filho do “Careca do INSS”, Romeu Carvalho Antunes, e o advogado Éric Douglas Martins Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, foram presos. Ambos já prestaram depoimentos no colegiado. Eles devem ser ouvidos na segunda semana de fevereiro, após o recesso parlamentar. Com Diário do Poder.
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