O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), avaliou que a ocorrência de casos extremos de violência, como a tortura e execução dos três técnicos de internet em Salvador esta semana por ordem de uma facção criminosa, expõem um problema sistemático na política de segurança pública adotada pelo Governo da Bahia.
“As facções transformaram bairros em verdadeiros
feudos, sendo que cada facção quer controlar um feudo, ou seja, uma comunidade.
O crime passou a dominar territórios, como se o Estado tivesse recuado. Isso
não acontece por acaso, é resultado de uma política de segurança que falhou. De
certo modo, esses casos continuam porque a criminalidade parece ter certeza da
impunidade”, afirmou.
Alan Sanches ressaltou que o problema é estrutural e
se agravou ao longo de quase duas décadas de governos do PT. “A Bahia se tornou
o estado mais violento do Brasil, lidera em mortes violentas e concentra metade
das dez cidades mais violentas do país. Isso não pode ser tratado como algo
circunstancial. Infelizmente, hoje a Bahia tem a cultura do medo e da
insegurança porque a violência não tem mais hora nem lugar”.
O deputado fez questão de reconhecer o esforço das
forças de segurança. “Policiais civis e militares têm se desdobrado no
enfrentamento diário ao crime e merecem respeito. Mas não é justo colocar sobre
eles toda a responsabilidade. Sem uma mudança profunda de concepção na política
de segurança pública, o ciclo da violência e da impunidade continuará”, frisou,
ao ressaltar que o momento exige uma reflexão de fundo e decisões estruturais.
“A Bahia precisa romper com esse modelo que fracassou, mudar a forma de pensar e fazer esse enfrentamento. Em 2026, o Estado terá a chance de virar essa página e apostar em uma gestão que enfrente o crime com seriedade, estratégia e resultados, e não apenas com discurso e narrativa”.

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