O senador Angelo Coronel voltou a pregar que tem autonomia para disputar a reeleição em 2026 independentemente do apoio dos atuais aliados, porque agora decorridos sete anos de mandato ele adquiriu “gordura nos ossos”. “Em 2018 eu saí da presidência da Assembleia e um grupo de amigos nos apoiou e eu contei muito com a ajuda naquela oportunidade de Wagner, de Rui, do próprio Jerônimo, que era coordenador” – assegurou Coronel.
O
senador do PSD disse que “sempre procurou ao longo desses sete anos que estou
no cargo também colocar gordura nos ossos para que a gente não sirva somente
para ser carregado”, disse o pessedista na sexta-feira (3), quando marcou
presença na dupla homenagem que a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba)
prestou ao deputado federal Antonio Brito e seu pai Edvaldo Brito –
aniversariante do dia – com a entrega da Comenda 2 de Julho a ambos.
“Então
hoje, sem nenhuma falsa modéstia, a gente também fez o cabedal político que nos
credencia a disputar qualquer cargo aqui na Bahia sem ser um estorro para
ninguém. Por isso, nós estamos nessa pré-campanha de senador, que é um direito
que me assiste constitucionalmente, o direito à reeleição, e nosso partido está
praticamente definido com nosso nome, nós vamos lutar, ou para estar unidos,
manter a união com a base, ou quem sabe outro caminho a tomar. Só a partir de
janeiro para a gente decidir”, emendou o senador.
Coronel,
todavia, colocou nas mãos do senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD,
– tal como fez Antonio Brito – a palavra final da sua candidatura e a
consequente continuidade da aliança do partido com o PT na Bahia. Ele negou
ainda que, em meio ao impasse, tenha aberto conversas com o ex-prefeito de
Salvador, ACM Neto, e com o prefeito Bruno Reis – ambos União Brasil.
“Eu
não conversei política com Neto nem com Bruno, sou amigo deles há muito tempo,
mas nunca paramos para traçar nada sobre o 2026, como também em nenhum momento
eu sentei com o governador Jerônimo para tratar também sobre a política de
2026. Sempre converso com Wagner, com o Rui por estarmos mais tempo em Brasília,
mas ainda tem muito tempo ainda pela frente, e quem vai coordenar essa
campanha, indicação, homologação dessa continuidade de uma união, é o
presidente do nosso partido, Otto Alencar. Está entregue a ele uma procuração
para ele representar os direitos autorais de Coronel”, declarou.
O senador ainda repercutiu a fala do governador Jerônimo Rodrigues de que ele fez falta na reunião que teve com a bancada estadual do PSD nesta quinta. “Olha, até fiquei feliz com a declaração de Jerônimo dizendo que eu fiz falta, significa que a minha presença iria ser bem-vinda. Mas, brincadeiras à parte, foi uma reunião da bancada, acredito que por Angelo Coronel Filho estar presente, talvez eu não tenha sido convidado. Mas se fosse, iria sem nenhum problema, porque independente das nossas posições políticas, a gente mantém as amizades, que é importante. Acho que a política é boa, mas a amizade é muito mais importante do que a relação política”, disse Coronel.
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