A nossa vida é regida pela política. Em tudo fazemos política, dependemos dela; política, para praticamente tudo em nossa vidas. Fazemos política até na hora de decidir o que iremos comer, se um irmão decide que o almoço será carne e o outro que será peixe, alguém tem que ceder, um tem que aceitar carne hoje, para amanhã, ter seu pedido aceito, para degustar o seu desejado peixe. Isso é fazer política. Aceitar a opinião do outro hoje, para amanhã ter a sua opinião aceita.
Problemas em nosso bairro, cidade ou
estado, por exemplo, a culpa é sua, que não se interessa por política, o preço
do arroz, a máquina de lavar, o gás de cozinha, os impostos embutidos na conta
de energia, o preço da passagem, o fósforo, o valor do combustível, a falta
d’água, etc.
Eu além de gostar de política, me
interesso por ela, ruim para quem não gosta que paga o preço de ser dominado
por quem ama. Tem gente que odeia política, talvez por não saber o significado
sequer da palavra, tal como, tem pessoas que são contra a existência de
vereadores. Penso diferente, quer dizer que devemos voltar a ditadura, onde o
prefeito será um “mini” Rei? Onde o gestor não deve satisfação? Onde ninguém fiscaliza?…
Se com uma câmara de vereadores os
“prefeitos” pintam e bordam, façam ideia sem quem os fiscalize. É claro que
existem incontáveis “políticos” corruptos. Agora, se eles realmente existem,
estas são suas condutas, ele não vai mudar, homem honesto é honesto. Homem
corrupto é corrupto pronto e acabou. São peculiaridades de cada ser!…
Parece-me que o problema não está no senado, na câmara dos
deputados, na dos vereadores e muito menos no executivo. Na verdade, o problema
está no eleitor, na sociedade. Sou da opinião que, não devemos esperar que o
político mude, certamente, quem tem que mudar somos nós. Em análise, se o político
não lhe der um benefício pessoal, um medicamento, um milheiro de tijolo ou dez
sacos de cimento, ele não presta. Assim - pensa a sociedade -. Pelo menos esse
é o real e colorido da moeda de troca que tanto a sociedade sustenta.
Concordo quando dizem que o político nasce sério e o povo o
corrompe. Por outro lado, devemos deixar de adorá-los como se fossem Deuses,
com efeito, tudo que fazem não é favor e nem é porque são bonzinhos, é pura e
simples obrigação. Isso é fato! Precisamos ter interesse por política; se eu a
conheço, entendo ou me interesso por ela, fica bem mais fácil na hora de
escolher meu representante. O leigo, o desinteressado, o ignorante político,
pensa diferente, e diz: eu odeio política, tenho pavor, não suporto políticos,
e ainda conclui: nem me fale em política.
Portanto, o orgulho de ser analfabeto político, é sem
dúvida para ele, sua maior virtude. Coitado, dele e de quem “pensa” como ele. O
mesmo, quando cai em um buraco, por exemplo, fala mal do político e toda sua
família, e esquece que a cratera que o fez cair e arrebentar o quebra-molas do
seu veículo, furar o pneu de sua bicicleta ou até mesmo machucar o seu próprio
pé, - a culpa é sua -. Sim é claro que a culpa é sua, foi você que na última eleição
votou neste representante, ou até fez pior, recusou-se em votar, pelo simples e
“idiota” fato de achar que político é tudo igual. Quando, na verdade, nós é que
temos que ser diferente.
Há quem odeia política de tal forma que na hora do horário
gratuito eleitoral desliga a TV para discutir sobre o último capítulo da
novela, e quando acaba o assunto volta para assistir o próximo capítulo. Que
fique claro, não tenho nada contra quem se deleita com as novelas, só é
importante refletir e entender que, até o horário da novela é regido por lei,
que é criada e aprovada pelos políticos.
Ninguém é obrigado a gostar de
política, assim como não sou obrigado a gostar de Reality Show. Ou seja, não
sou obrigado a gostar daquilo que você gosta e muito menos você do que eu
gosto. Agora é claro que preciso me interessar em conhecer de tudo um pouco. Se
eu assisto uma edição de Reality Show, certamente, saberei sua importância, sua
utilidade em meu cotidiano, e assim a novela, e principalmente, a política.
Certamente, se eu me interesso por
política conheço ou me importo com ela, decerto, saberei o que um político pode
ou não fazer. Um vereador, por exemplo, quando diz que irá asfaltar uma rua, e
se eu conheço ou entendo a política, é evidente que saberei que estás mentindo,
por conseguinte, saberei quem estará falando a verdade.
Por causa dos baianos gostarem de
pão, circo e não gostar de política, a realidade dramática e trágica na Bahia, é
de estudantes do 2º ano do fundamental que não conseguem ler e escrever um
bilhete. 64% de alunos não sabem ler tem a "aprovação" garantida para
o 3º ano, onde não vão aprender nada porque não sabem ler. Mas não precisam se
preocupar. A ordem do governador é aprovar mesmo quem não aprendeu nada ou
faltou.
É assim que a Bahia "tem
melhorado no Ideb há três anos seguidos". O índice usa como base a taxa de
aprovação, que na Bahia é 100%. A aprovação da ignorância segue até o final do
Ensino Médio, formando gente que não tem o nível dos alunos do primário. Não é
a toa que a Bahia lidera em analfabetos funcionais e tem o pior desempenho em
matemática e português de todo o país.
O fato é que há uma citação de autoria desconhecida, que se encaixa fidedignamente nos acontecimentos e suas causas na Bahia: “Um povo ignorante é o instrumento cego da sua própria destruição”!!!
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