Derivados de cacau não entraram nas exceções da tarifa de 50% que os Estados Unidos vão impor à importação de produtos brasileiros. Nesse percentual, o imposto dificultará severamente a entrada de mercadorias brasileiras na terra da liberdade. Aquela que tanto se valeu do livre comércio quando tinha o maior parque industrial do mundo.
No primeiro
trimestre deste ano, a Bahia exportou mais de 45 milhões de dólares em
manteiga, gordura e óleo de cacau para os Estados Unidos. Convertida, a quantia
equivale a R$ 249 milhões. Concentrado no sul do estado, com as moageiras de
cacau instaladas em Ilhéus e Itabuna, esse é o tamanho do mercado na mira do
tarifaço.
De acordo com a
Federação das Indústrias da Bahia, caso a tarifa seja mesmo efetivada nos
termos atuais, ela tem o potencial de reduzir o Produto Interno Bruto do estado
em 0,27% ou R$ 1,3 bilhão. O setor primário é um dos mais pressionados, especialmente
os grandes produtores de café, ainda expostos à tarifa de 50%.
As novas regras começam a valer na próxima quarta, dia 6 de agosto. O governo federal não se interessou em negociar, nem o estado da Bahia ou as entidades do cacau. Graças a negociações diretas com governadores e empresários, mais de 700 produtos ficaram fora do tarifaço, incluindo a celulose produzida na Bahia.
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