Passados trinta dias do Pedrão sem forró (muito menor do que o Itapedro de Itabuna), ainda predomina no seio dos eunapolitanos, aquela incomoda sensação danada de tudo de ruim que permanece acontecendo nos postos de saúde, nas escolas sem merenda escolar e professores e o drama de ruas esburacadas e escuras, cujos recursos foram preteridos, para sustentar uma festa descaracterizada da tradição que deveria norteá-la!
Gastou-se mais de dois milhões de reais, apenas com a
montagem da estrutura do circuito, para uma festa com artistas de cachês
estratosféricos; com duração de quatro dias, enquanto o resto do ano é de
penúria na cidade, com lojas fechando suas portas, eunapolitanos abandonando a
cidade, sem vagas no mercado de trabalho; desemprego causando conflitos
conjugais e jovens sendo adotados pela facções criminosas.
O
evento será lembrado sempre durante muito tempo, pelo fato de ter desperdiçado mais
de quinze milhões de reais e por ter sido realizado num momento em que
Eunápolis era palco dramático e horripilante de bandidos hediondos decapitando
jovens e deixando famílias apavoradas, com filhos e netos desaparecidos, ou
assassinados com vídeos enviados para a população em geral, através das redes
sociais. !
A covardia do prefeito Robério Oliveira (PSD), em ter realizado sua ópera-bufa em período de insegurança pública, com tempo frio e chuvoso, superou qualquer limite de pertinência e foi um escárnio histórico, contra o bom senso e responsabilidade no uso do dinheiro público. A gastança com atrações, que não tinham nenhuma tradição com o forró, xaxado, xote e baião, deram um toque único e, acima de tudo, profundamente lamentável, insano e deplorável! Péssimas lembranças!
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