O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), voltou a questionar a postura do governo baiano no combate à violência, após o Anuário de Segurança Pública divulgar nesta quinta-feira (24) que metade das vinte das cidades mais violentas do Brasil está na Bahia.
“A sensação é que o governador Jerônimo jogou a toalha,
porque definitivamente a gente não vê nenhuma reação do governo para mudar essa
realidade. Pelo contrário, a crise da segurança na Bahia só vai se
aprofundando. Não é possível que um governo que diz que ‘cuida de gente’
continue a assistir de braços cruzados tantos baianos morrendo nas mãos da criminalidade”,
criticou Sanches.
O levantamento, produzido pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP), leva em conta a taxa de mortes violentas
intencionais. O ranking é liderado por Maranguape, no Ceará, com 79,9
ocorrências a cada 100 mil habitantes, seguido por Jequié (77,6), Juazeiro
(76,2), Camaçari (74,8) e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco (73,3), fechando
as cinco primeiras posições.
A presença baiana no ranking segue com Simões Filho (7º),
Feira de Santana (10º), Porto Seguro (14º), Santo Antônio de Jesus (17º),
Ilhéus (19º) e Salvador (20º).
“Veja que municípios importantes, com grande potencial,
estão sendo tomados por facções criminosas até mesmo no interior do Estado.
Isso inibe até a geração de empregos porque ninguém quer investir, abrir um
novo negócio e ficar na mão da bandidagem. Olhe Porto Seguro, um reduto
turístico paradisíaco, está com seu potencial todo comprometido por causa da
insegurança”, apontou Alan Sanches.
Entre os estados, a Bahia só fica atrás do Amapá em números
de mortes intencionais violentas. Enquanto o estado do Norte teve taxa de 45,1
homicídios, a Bahia aparece com 40,6, seguido pelo Ceará, com 37,5. Os dados
apontam uma distância expressiva para o verificado em São Paulo, maior unidade
da federação que teve o menor índice de violência letal do país: 8,2 por 100
mil habitantes.
“Aqui na Bahia o PT quer normalizar esse ambiente de insegurança e fazer parecer que é impossível enfrentar a questão, mas outros estados, com população muito maior estão conseguindo virar esse jogo”, pontuou o vice-líder da oposição na Assembleia.
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