Ainda impacta no círculo político, a decisão do deputado estadual, Fabrício Pancadinha (SD), em virar a casaca ao abandonar o grupo de oposição, pelo qual ele foi eleito em 2022 e se associar ao petismo da Bahia. A discursão é controversa, pois há quem defenda a adesão e não falta quem a critique. Entre as pessoas que são contra e a favor de Pancadinha apoiar a reeleição do governador Jerônimo Rodrigue (PT), uma ínfima maioria desconhece os motivos dessa situação.
Eu
estivesse entre aqueles que ficaram perplexos e sem compreender a mudança de
palanque do Pancadinha! Mas conversei pessoalmente com ele e então soube das
explicações, que hoje julgo preponderantes para a perspectiva de êxito na
pretensão dele ser reeleito. Neste contexto, é pertinente salientar, que
Pancadinha terá que aumentar a quantidade de votos obtidos nas eleições de
2022. E essa não será uma tarefa fácil. No palanque de ACM Neto (UB), Pancadinha
teria que obter mais de 60 mil votos e este é um fato inatingível em 2026, para
sua realidade eleitoral.
Segundo
informações de Pancadinha, o grupo de oposição só tinha para o filiar, os
partidos Republicanos, União Brasil, PP, PL, PMB e PSDB e em qualquer um deles,
a exigência para garantir a reeleição, será de ter que obter votação superior ao
dobro do que pode ser conquistado por ele. Ninguém se reelege no palanque da
oposição, com menos de 60 mil votos. A perspectiva de votação para Pancadinha,
é de 30 mil votos (na média) e essa é uma realidade, que resultaria em posição
dele não ficar nem entre os dez primeiros suplentes.
Portanto,
a ida de Pancadinha para o palanque do destrambelhado governador Jerônimo
Rodrigues, que defende aprovação automática de aluno (ainda que esteja despreparado
para a série seguinte) e que cometeu o despautério de declarar ser favorável a “mandar
em escavadeira para a vala, Bolsonaro e seus eleitores, é tão somente uma
estratégia para assegurar a vitória em sua campanha de reeleição. Pancadinha
foi convencido a permanecer no
Solidariedade, sob argumentos de que o partido deverá reelegê-lo com votação
inferior a 30 mil votos e que a perspectiva é do Solidariedade eleger o mínimo
de três deputados estaduais.
Estes fatos justificam Pancadinha ter decidido optar pela sobrevivência eleitoral, ainda que o submetendo à condição de moribundo político e sem consistência ideológica e de fidelidade política. Portanto, acertou Pancadinha ao aderir ao palanque do PT na Bahia, pois ser deputado estadual reeleito sob pecha de mequetrefe, é melhor que ser décimo suplente na Assembleia Legislativa da Bahia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.