As estórias infantis retratam as bruxas, com aparência desagradável e comportamento ruinoso. Elas sempre são as que perseguem, judiam e invejam das belas donzelas da redondeza. Geralmente são velhas feias, mal vestidas e fétidas. São assim, porque a maioria é burra, mal-amadas e despeitadas. Mas existem raras exceções, pois algumas se vestem bem e usam bons perfumes. São sorridentes, atraentes e espertas!
É a esperteza, que diferencia as bruxas belas das
feias. São a perspicácia e a sagacidade, que distinguem as bruxas “borboletas”,
das bruxas “lagartas”! Mas ambas são do mesmo casulo dos caldeirões, que
cozinham seus cardápios de maldades e enfermidades. As bruxas “lagartas” não
conseguem atrair suas vítimas, com a mesma facilidade, com que conseguem as
bruxas “borboletas”.
Lagartas são nojentas e ninguém a querem por perto. Já
as “borboletas” são admiráveis e amadas. Aí está o xis da questão em ipsis
litteris, pois as sábias bruxas usam e abusam da hipocrisia,
dissimulação e falsidade, para enganar, trair e cativar suas vítimas. Elas usam
a mesma estratégia do satanás, que nunca se apresenta com chifres, rabo e fedor
de enxofre, quando quer abduzir pessoas!
Portanto, sejam cautelosos com as bruxas, pois nem todas elas voam penduradas numa vassoura, ou possuem nariz enverrugado e pontiagudo. Não creiam que todas bruxas sejam burras e feias, pois as piores são sábias e belas. E elas estão aí para infernizar a vida das pessoas. E são tão espertas, que para conseguirem adoecer suas vítimas, se disfarçam até de religiosas, benfeitora e médica!
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