Em Um Reino Tão Tão Distante e muito mais tão tão distante que o Reino onde viviam Shrek, Fiona e o Burro, o Rei ficou doente de uma pandemia, que já havia matado muita gente. Temeroso de também ser morto pela enfermidade, que parecia descontrolada e devastadora, o Rei recorreu aos préstimos de uma bruxa, que diziam fazer feitiços, que curavam pessoas vítimas daquela moléstia.
A bruxa se dizia curandeira e que não havia nenhum adoecimento, que resistisse as suas mandingas. Depois de se apresentar ao Rei e arrumar suas bugigangas, amuletos, trapos e fiapos, a bruxas se pôs a trabalhar. Jogou ervas, pedras, cristais, velas, rabos de lagartas, pés de corvos e alguns instrumentos rituais dentro do caldeirão e sob seu redor, acendeu velas, borrifou apetrechos de magia negra e cantarolou rituais em línguas obscuras.
O tempo todo a bruxa rodopiava e cantarolava em torno
do moribundo Rei. Coincidência, ou não, o majestoso adoentado recuperou sua
saúde e agradecido, nomeou a bruxa para comandar uma vasta área do seu reinado,
com poderes ilimitados, inclusive sobre suas próprias decisões. E assim a bruxa
começou a recusar indicações do monarca, para que acolhesse magos e gurus, sob
pretexto de que eram seus inimigos e já tinham a desrespeitado.
Para a bruxa, pouco importava se aqueles gurus significassem benefícios para súditos e para sua própria administração do setor. A decisão era pessoal, mesquinha, sórdida e tão tão distante da conveniência, quanto a teimosia do Rei em mantê-la tão abusiva, arrogante e inconveniente, para a saúde da sua gente. Para o Rei foi suficiente ela ter o curado e quanto ao seu povo... bem, quanto ao seu povo, nada que o alivia!
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