O custo de vida obriga a ganhar mais para fazer frente ao aumento das despesas. O desespero de não conseguir ganhar mais, de perder emprego ou fonte de renda superada pela dinâmica do mercado em evolução exerce uma pressão insuportável, que pode gerar exclusão, mendicância e crime.
No
caso da exclusão, medidas saneadoras podem ser tomadas pelos governos antes que
ela produza mendigos e criminosos. Para a mendicância viciada em álcool e
drogas só resta o recolhimento, a desintoxicação e pôr para trabalhar, pois a
polícia e guardas municipais não têm recursos para tratar e recuperar os
excluídos recrutados pelo crime.
O crime recruta bem porque se
estrutura à margem do Estado fraco. A ação para desmantelar a rede criminosa só
se mostrará eficaz quando as instituições detiverem condições necessárias e
adequadas para protagonizar o correto enfrentamento aos operadores, colaboradores
e financiadores das organizações criminosas.
O Estado mínimo só será possível depois de equacionar os problemas da exclusão, da desigualdade e do crime. Antes disso, não será nada além de ineficaz e ausente. Um Estado bandido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.