Apresento programas de rádio há mais de duas décadas e sob condição de coordenador de curso de radialismo, tenho observado o quanto o ouvinte de rádio é criterioso, consciente e conhecedor da conduta de quem ele está habituado a ouvir num programa radiofônico.
O ouvinte reconhece fácil, os “camaleões
do microfone”. Ele sabe quem era avassalador contra mazelas governamentais, em
períodos e locais em que seu patrão era oposição! As críticas ásperas contra
ruas esburacadas, postos de saúde sem médicos, medicamentos e equipamentos, lixos
espalhados pelas ruas e estradas vicinais intrafegáveis, eram pautas diárias e
o dia todo.
E sabe que esse mesmo radialista está
calado, dissimulado, mudo, cego e surdo, para essas mesmas mazelas, sendo
recorrentes no atual governo e sobretudo, sabe que a causa desse silêncio e
compadrio, está estampado no Diário Oficial da Prefeitura, em publicações de nomeações
dele e, ou de seus parentes e “laranjas”!
O programa que era informativo, passou a ser de humor. Por isso as pessoas permanecem ouvindo rádio, pois este é o veículo de informação e entretenimento mais apaixonante entre todos na imprensa. Na cabeça do ouvinte, existe o acalento de ser melhor ouvir “camaleões”, que ser surdo! E assim a cidade vai levando a vida, com o radialista fingindo que fala a verdade e seu ouvinte fingindo que acredita em suas mentiras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.