Há no governo do prefeito Robério Oliveira (PSD), uma dicotomia de poder que está implicando em dúvidas na mente do super secretário, Lourenço Oliveira – irmão do alcaide. E se engana quem imagina essa dúvida está relacionada a uma suposta “queda de braço’ entre ambos!
Lourenço
sabe e tem consciência de que o irmão é que foi eleito para administrar a
Prefeitura. Por sua vez, Robério não sabe governar e tem consciência de que
Lourenço é quem melhor pode o ajudá-lo nessa tarefa. Portanto, ambos estão bem
resolvidos nessa realidade.
Todavia, o
entrave está na existência de uma tríade de comando atual na gestão. Isto
porque entra no script, a ranzinza, absolutista e enigmática deputada estadual,
Cláudia Oliveira (PSD) - que foi derrotada fragorosamente como prefeiturável em
Porto Seguro no ano passado -, esposa de Robério e consequentemente, cunhada de
Lourenço.
Neste
triângulo “Fraterno” de intercessores e “mandatários”, paradoxalmente, Robério
é a “terceira pessoa depois de ninguém”! Ele manda e desmanda muito menos que o
irmão, que não manda e nem desmanda mais que a cunhada. Aí está a crise
existencial de Lourenço!
A
insatisfação do mano decorre da sua posição desfavorável a Cláudia ocupar
centenas de cargos comissionados na prefeitura de Eunápolis, com seus aliados
políticos de Porto Seguro e Cabrália. Até no primeiro escalão da gestão, tem
gente de Porto Seguro. E isto incomoda Lourenço, pois muitos roberistas
eunapolitanos estão desempregados e reclamando dessa situação.
Estes fatos
criam na cabeça de Lourenço dúvidas sobre quem seja ele no processo decisório
do governo. Deve haver momentos em que ele indaga a si mesmo diante do espelho:
“quem sou eu e o que me cabe no que tenho dever de fazer? Eu sou Robério, que é
quem deve mandar, ou sou Cláudia, que é quem quer mandar?
O fato é que Lourenço não é Robério, que não manda e nem desmanda; não é Cláudia que desmanda mais que manda e acaba assim nem sendo ele próprio, pois não consegue fazer o que gostaria de ver sendo feito pelo prefeito. O martírio do irmão é sua convicção do quanto Cláudia trata o esposo como marionete, sem que ele possa mudar essa dramática situação de subserviência canina. E aí está sua crise existencial.
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