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17 de agosto de 2023

STF COM BARROSO À FRENTE DEBATERÁ LIBERAÇÃO DE DROGAS E ABORTO

Debate sobre descriminalização do aborto e discussão sobre drogas devem marcar gestão de Barroso no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF), se prepara para empossar, em 28 de setembro, um novo presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, cuja maneira de se relacionar com diferentes interlocutores, em praticamente tudo, contrasta com sua antecessora, Rosa Werber. Advogados que têm ações no STF, por exemplo, comentam que Barroso – inclusive pelo fato de continuar dando aulas – fará do diálogo uma das suas marcas no Supremo e que, dessa forma, a Corte poderá construir uma relação de maior proximidade com trabalhadores e empresários, ambientalistas e representantes do agronegócio, entre outros setores.

Nomeado para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, em 2013, Barroso tem 65 anos se formou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), fez mestrado na Universidade Yale e é Senior Fellow na Harvard Kennedy School. É viúvo e tem dois filhos. Barroso se viu envolto no debate acalorado que marca o Brasil nestes tempos de esquerda e direita, ao reagir a um manifestante com um “Perdeu, mané”, em Nova York, e ao falar que “derrotamos o bolsonarismo”, durante Congresso na UNE, em julho. 

Ao assumir, como tem dito em muitas de suas palestras, deverá dar ênfase à ideia de que é preciso explicar melhor à sociedade o funcionamento da Justiça e o papel do STF, assinalando que é preciso trabalhar de maneira mais ágil e ampliar a interlocução seja com a sociedade civil, com o Congresso Nacional e com a iniciativa privada. “Quero falar do MST à CNI”, costuma dizer em referência ao Movimento dos Sem Terras, que no governo Lula voltou com as invasões, inclusive a centro de pesquisa da Embrapa e à Confederação Nacional da Indústria.

Integrantes e ex-integrantes da Corte, que preferem não ser identificados, disseram acreditar que Barroso dará continuidade ao trabalho que vem sendo feito pelos seus antecessores e, em especial, a temas que lhe são caros e devem entrar ou já estão na pauta, como a descriminalização do aborto e mudanças na política de combate às drogas.

Suas opiniões sobre esses temas, entre vários outros, estão presentes em seu livro Sem Data Venia, lançado em 2020. O ministro também deverá buscar solução para o calote nos precatórios (dívidas judiciais que o governo é obrigado a pagar) porque, segundo seus assessores, ele considera um absurdo que o cidadão ganhe uma ação contra o Estado e não receba o pagamento devido.

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