O presidente Lula esbravejou que iria cobrar do ministro Juscelino Filho, explicações sobre uso irregular de um avião da FAB e recebimento de diárias de viagem. Isto foi praticamente um anúncio público, e antecipado, de que o ministro poderia ser demitido. Havia outros motivos para ele ser afastado da pasta, além desse caso da viagem para participar de um leilão de cavalos.
O primeiro era a própria inadequação curricular de Juscelino Filho ao cargo. Ele nada entendia de telecomunicações ou coisa parecida. Como deputado era conhecido pela autoria de um único projeto, o que instituía o Dia do Cavalo. Além disso, o então deputado pelo União Brasil havia destinado verbas do orçamento secreto para a construção de uma estrada que beneficia fazendas de sua família no Maranhão. E a obra foi entregue a uma empresa que teria como sócio secreto, segundo a Polícia Federal, um amigo do ministro.
Mas Lula só protagonizou o que ciri faz preso dentro de uma lata: gritou, esperneou e só... patavinas do que se esperava de exoneração, que não aconteceu porque o presidente da Câmara, Arthur Lira, alertou Lula paa não demitir Juscelino, pois a saída dele implicaria no giverno não ter votos suficientes para aprovar projetos.
Lira disse que o governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara, nem no Senado, para enfrentar matérias de maioria simples, quanto mais matéria de quórum constitucional e exonerar um ministro do UB significaria aumento de complicação para os interesses do governo no Congresso.
Ou seja, não é hora de um governo que precisa se estabilizar internamente sair demitindo o ministro que representa um partido tão forte como o União Brasil no centrão da Câmara, que é liderado por Arthur Lira. Pronto, estava explicitado o conluio de Lula com o centrão!

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