O primeiro turno
das eleições de 2022, disputado neste domingo (02), teve políticos de grande
projeção à frente na disputa presidencial e por diversos cargos pelo Brasil. Na
lista dos que não conseguiram se eleger ou seguir na disputa, porém, há figuras
conhecidas dos eleitores, incluindo campeões de votos no último pleito, antigos
governadores, ex-presidenciáveis e até mesmo um ex-Presidente da República.
VEJA ABAIXO:
FERNANDO COLLOR (PTB-AL), candidato a
governador
Presidente da República eleito em 1989,
sofreu impeachment três anos mais tarde. Em sua tentativa de voltar ao governo
de Alagoas – ele comandou o estado de 1987 a 1989 –, não foi páreo para o governador
Paulo Dantas (MDB) e o senador Rodrigo Cunha (PSDB), candidatos dos grupos
políticos de Renan Calheiros e Arthur Lira, que se enfrentarão em segundo
turno. Collor ficou em terceiro lugar, com 14,71% dos votos.
José Serra (PSDB-SP), candidato a deputado
federal
Personagem importante de duas disputas
presidenciais, o tucano foi derrotado por Lula e Dilma (PT) em 2002 e 2010,
respectivamente, mas em ambas as ocasiões foi ao segundo turno. Ainda foi
senador e governador de São Paulo e prefeito da capital paulista. Em busca de
uma das 70 vagas do estado na Câmara dos Deputados, teve cerca de 88 mil votos
e não alcançou uma cadeira.
DAYANE PIMENTEL (União Brasil), Candidata a Deputada
Federal.
Não conseguiu a reeleição para mais
quatro anos na Câmara dos Deputados, mas o que chamou atenção foi a quantidade
de votos que a parlamentar perdeu do último pleito, em 2018, para o deste
domingo (2).
Dayane, que foi eleita sob a batuta do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições, foi uma das deputadas mais votadas naquela oportunidade, atingindo a marca de 136.742 mil votos. Neste ano, sem o apoio do presidente, a deputada terminou a apuração com o total de 29.979 mil votos, mais de 100 mil abaixo de quando foi eleita.
JOICE HASSELMANN (PSDB-SP), candidata a
deputada federal.
Segunda mais votada pelos paulistas para
a Câmara dos Deputados em 2018, com mais de um milhão de votos, a congressista
teve pouco mais de 13 mil votos neste pleito. Durante o mandato, Hasselmann
trocou de partido – foi eleita no extinto PSL – e rompeu com o bolsonarismo.
Não seguirá em Brasília para um novo mandato.
JANAÍNA PASCHOAL (PRTB-SP), candidata a
senadora
Deputada estadual mais votada da
história de São Paulo, coautora do processo de impeachment de Dilma Rousseff
(PT) e outra egressa do antigo PSL, Janaína Paschoal não teve sucesso em sua
empreitada rumo ao Senado. Com cerca de 2% dos votos, ficou muito atrás do
eleito Marcos Pontes (PL) e teve uma redução de votação: com mais de 2 milhões
de votos em 2018, teve 447 mil neste domingo.
MARCONI PERILLO (PSDB-GO), candidato a
senador
Um dos políticos mais tradicionais do
estado, Marconi Perillo governou Goiás em quatro oportunidades. Neste ano, não
alcançou 20% dos votos para senador. O eleito no estado foi Wilder Morais (PL),
com 25%.
ESPERIDIÃO AMIN (PP-SC), candidato a
governador
Em sua quinta eleição para o cargo,
Esperidião Amin já venceu a disputa pelo governo de Santa Catarina duas vezes.
Neste domingo, não alcançou 10% dos votos e ficou na quinta colocação. Jorginho
Mello (PL) e Décio Lima (PT) passaram ao segundo turno.
HELOÍSA HELENA (Rede-RJ), candidata a
deputada federal
Primeira candidata a presidente da
República pelo PSOL, em 2006, Heloísa Helena teve mais de 6 milhões de votos na
ocasião, com 6,85% dos votos e. Neste ano, foi a candidata com maior
financiamento da Rede no Rio de Janeiro, mas não passou dos 38 mil votos e não
estará na Câmara dos Deputados no próximo ano.
FERNANDO PIMENTEL (PT-MG), candidato a
deputado federal
Ex-governador de Minas Gerais, o petista
não conseguiu se reeleger para o Executivo estadual em 2018: ficou na terceira
posição, com 23% dos votos. Em busca de um cargo que depende de menor número de
votos para se eleger, também não obteve uma cadeira na Câmara Federal,
recebendo 37 mil votos.
JOÃO CAPIBERIBE (PSB-AP), candidato a
senador
Nome histórico do PSB, João Capiberibe
já ocupou diversos cargos no Amapá: foi prefeito da capital, governador por
dois mandatos e senador. Em busca de retornar ao Senado, enfrentou uma disputa
polarizada entre Davi Alcolumbre (União) e Rayssa Furlan (MDB), que tiveram 47%
e 42% dos votos, respectivamente. Capiberibe ficou em terceiro, conquistando pouco
mais de 5% dos eleitores.
RODRIGO ROLLEMBERG (PSB-DF), candidato a
deputado federal
Mais um ex-governador candidato à
Câmara, Rollemberg também não estará no Congresso. Escolhido por mais de 600
mil brasilienses em 2014, teve pouco mais de 50 mil votos neste domingo.
ROBERTO REQUIÃO (PT-PR), candidato a
governador
Em sua sexta disputa para o Palácio
Iguaçu, Requião foi o palanque de Lula (PT) no Paraná. Depois de ter sido três
vezes governador, alcançou 26% dos votos neste ano e foi derrotado por Ratinho
Júnior (PSD), reeleito em primeiro turno.
ROMERO JUCÁ (MDB-RR), candidato a
senador
O emedebista ocupou uma cadeira no
Senado por Roraima durante 24 anos e foi ministro de Lula e Temer. Há quatro
anos, já havia sofrido uma derrota no estado, quando duas cadeiras estavam em
disputa; em 2022, com apenas uma vaga, sofre novo revés. Jucá teve 31% dos
votos, contra 45% de Dr. Hiran (PP), eleito para ocupar a vaga em Brasília.
EDUARDO CUNHA (PTB-SP), candidato a
deputado federal
Ex-presidente da Câmara dos Deputados e
outro algoz do PT, Eduardo Cunha foi preso na Operação Lava Jato e mudou seu
domicílio político – do Rio de Janeiro para São Paulo – com a pretensão de
retornar a Brasília. Cinco mil votos não lhe bastaram para isso.
PAULINHO DA FORÇA (Solidariedade-SP),
candidato a deputado federal
Presidente nacional de seu partido, o
parlamentar chegou a ter o registro de sua candidatura indeferido pela Justiça
Eleitoral. Dias antes da eleição, porém, retornou ao páreo, mas não foi eleito:
teve 64.137 votos.
ALDO REBELO (PDT-SP), candidato a
senador
Candidato de Ciro Gomes a senador em São
Paulo, Rebelo amargou a sétima posição na disputa, com 1% dos votos válidos. Em
sua trajetória política, ele ocupou quatro ministérios e presidiu a Câmara dos
Deputados durante os governos petistas. O eleito foi o ex-ministro Marcos
Pontes (PL), com 49%.
HENRIQUE ALVES (PSB-RN), candidato a
deputado federal
Mais um ex-presidente da Câmara dos
Deputados a tentar retornar à casa, Alves migrou do MDB para o PSB neste ano.
Isso, porém, não lhe assegurou a vaga. Com 11 mil votos, ficou de fora pelo Rio
Grande do Norte.
MÁRCIO FRANÇA (PSB-SP), candidato a
senador
Apoiado por Lula, Alckmin (PSB) e Haddad
(PT), França liderou boa parte das pesquisas de intenções de voto, mas foi
derrotado por Marcos Pontes (PL) nas urnas. Ex-governador de São Paulo e duas
vezes prefeito de São Vicente, ele teve 36% dos votos, ante 49% do ex-ministro.
JOSÉ ANÍBAL (PSDB-SP), candidato a
deputado federal
Tucano tradicional, José Aníbal foi
suplente de José Serra e assumiu sua cadeira no Senado. Tal qual o titular,
acabou derrotado na corrida para a Câmara Federal. Teve 7.692 votos.
ALEXANDRE FROTA (PSDB-SP), candidato a
deputado estadual
Em 2018, Frota foi um dos fenômenos da “nova política” e chegou a Brasília com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Quatro anos mais tarde, mudou de “casa” e se candidatou à ALESP. Ele ficará sem cargo em 2023, já que teve somente 24 mil votos.
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