No tradicional vídeo divulgado pelo Vaticano para as orações do mês, o papa Francisco abordou o tema da depressão e da exaustão mental dos tempos atuais. "Rezemos para que as pessoas que sofrem de depressão ou de [síndrome de] burnout encontrem apoio de todos e uma luz que lhes abra a vida. A sobrecarga de trabalho e o estresse fazem sim com que muitas pessoas experimentem uma exaustão extrema, uma exaustão mental, emotiva, afetiva e física", disse na mensagem.
Segundo
o líder católico, "a tristeza, a apatia e o cansaço espiritual acabam
dominando a vida das pessoas, que se veem sobrecarregadas com o ritmo de vida
atual". "Busquemos ficar próximos a quem está exausto, a quem está
desesperado, a quem está sem esperança, escutando excessivamente o silêncio
porque não conseguem conversar com outra pessoa. 'Não, a vida não é assim. Me
escute, te dou a receita'", ressaltou.
Na
mensagem, Francisco ainda pontua que "além do imprescindível
acompanhamento psicológico, que é útil e eficaz, ajudam também as palavras de
Jesus". "Me vem na mente e no coração a frase: 'Venham a mim todos os
que estão cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei'", diz citando a
passagem bíblica de Mateus 11:28.
Essa
não é a primeira vez que Francisco cita os problemas psicológicos como um
assunto muito importante em seu Pontificado. Por diversas vezes, ele citou
esses problemas como o resultado da vida contemporânea e que isso pode atingir
a "qualquer um", cristão ou não.
Em
2018, Jorge Mario Bergoglio afirmou ainda que a doença afetava muito mais os
jovens que são vítimas de "um pecado social" cometido "pela
própria sociedade atual", que nega trabalho, estudo e uma vida digna para
muitos deles.
Antes dele, o papa João Paulo II havia abordado o assunto de maneira clara em 2004, quando alertou que a depressão era uma doença e não um "pecado fundamental" e que ninguém deveria ser julgado moralmente ou condenado por sofrer do problema.
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