A morte sempre foi um mistério profundo para todos nós. E a Igreja ao propor à celebração do Dia dos Finados logo após a celebração do Dia de Todos os Santos, deve ter tido a intenção de nos colocar diante da vida para olhar o passado, o presente e, sobretudo, o futuro. Visitando o cemitério onde estão enterrados nossos entes queridos, nos debruçamos sobre nossos limites e fraquezas, nos confrontando com o fato de que um dia também nós estaremos lá.
Nos lembremos que
a morte é um processo biológico natural e necessário. Aquele que a cada dia, se
prepara para morte não será surpreendido e acorda na feliz eternidade. A
lembrança de nossos mortos deve nos estimular a viver uma vida que nos leve à
feliz eternidade. As pessoas que se desesperam com a morte de um ente, por mais
querido que seja, demonstram que não ouviram a Palavra de Jesus e nem creram
nele.
Isso não quer
dizer que não sintamos a sua ausência e mesmo que choremos à vontade. É um
sentimento mais do que natural. Mas nunca o desespero e muito menos lançar
“injúrias” a Deus que sabe melhor do que nós o que nos convém. Em todas as
religiões há um culto especial aos mortos. Isso revela, no fundo, que acreditam
na imortalidade. Para nós, cristãos, é uma certeza, ainda que ignoremos o
"como" isso se dá, pois ninguém veio de lá para nos contar como as
coisas acontecem.
Muitas vezes me
coloco a meditar como será a nossa entrada no céu, na morada eterna. Ao
adentrar um cemitério para visitar os túmulos de nossos entes queridos e de
outros que lá jazem, um pensamento de otimismo deve inundar o nosso coração,
pois um dia ressuscitaremos.
É Jesus mesmo que nos assegura: “Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a minha voz e sairão. E aqueles que tiverem feito o bem, deles sairão para a ressurreição que conduz à vida” (Jo 5.28).
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