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19 de junho de 2021

CASO CLÉBIA LISBOA: DEZ ANOS SEM CORPO, NEM SOLUÇÃO

Por que o crime do desaparecimento de Clébia permanece sem sinais
e ações de busca de solução! A quem interessa essa impunidade!

Tarde de sexta-feira, 30 de dezembro de 2011. A estudante Clébia Lisboa, então com 33 anos, saiu da kitnet onde morava, no bairro Pontalzinho, centro de Itabuna. Ela planejava comprar um par de sandálias para usar na praia no réveillon, em Ilhéus, onde passaria com amigos. Mas os planos da jovem foram bruscamente interrompidos em algum lugar. Nesta segunda-feira, 30 de dezembro, completam exatamente dois anos do desaparecimento de Clébia, que

cursava Administração na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Itabuna. Ela também passou pelo quadro de funcionários da extinta sucursal do Jornal A Tarde.

Sem corpo, sem notícias, sem solução. O caso caminha, a passos lentos, para o rol dos possíveis crimes insolúveis. Para a família, só restaram dor e revolta. O pai de Clébia, Crispiniano Lisboa, por várias vezes, concedeu entrevista ao Diário Bahia. O último contato dele com nossa redação, inclusive, aconteceu quase um ano atrás, próximo ao "aniversário" de um ano de sumiço da filha. "Colocaram uma pedra em cima do caso, assim como tantos de outras jovens que desapareceram e ficou por isso mesmo. Eu sinto vergonha dessa Justiça", desabafou, na época, Crispiniano.

Na ocasião, o inquérito tinha sido reaberto e estava à disposição do Ministério Público. Um taxista teria sido a última pessoa a estar com a moça. O homem, em depoimento, contou que tinha deixado Clébia na praça do bairro São Caetano. O fato foi confirmado através do circuito de câmeras de uma farmácia, que registrou imagens da jovem até ela sumir na rua.

LUGAR NENHUM - Dois anos já se passaram desde que a moça sumiu e o mistério continua. Nada de novo foi acrescentado ao inquérito. As investigações não chegaram a ninguém, nem a lugar nenhum. E as perguntas são as mesmas: "para onde foi Clébia?" "O que aconteceu com ela?", "quem teria interesse em sua morte?", "ela realmente está morta?" "e se estiver, onde está o corpo?". Para a polícia, questionamentos mesclados com a falta de pistas.

Para a família, o vazio na ceia de Natal, a ausência do sorriso e dos afagos de uma filha tida como supercarinhosa, misturados à dor de olhar e não enxergar nada além de lembranças.

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