Bolsonaro terá que se virar com um tempo de 9 segundos! |
A eleição
presidencial terá sete candidatos com "padrão Enéas" de propaganda,
ou seja, com menos de 15 segundos para pedir votos em cada bloco do horário
eleitoral fixo. Um deles é o líder nas pesquisas, deputado Jair Bolsonaro (PSL).
Também estão nessa situação Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota),
José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU), João Goulart Filho (PPL) e João
Amoêdo (Novo). Na campanha presidencial de 1989, o então candidato Enéas
Carneiro (Prona) se notabilizou como o mais caricato dos chamados
"nanicos" por falar de forma rápida na TV e concluir sempre seus
discursos, aos gritos, com o bordão "Meu nome é Enéas!". As regras de
distribuição destinaram aos candidatos do PSDB, do PT e do MDB cerca de 85% do
tempo de propaganda. O tucano Geraldo Alckmin, por formar a coligação que
elegeu mais deputados na eleição anterior, terá a maior fatia: cerca de 5 minutos
e meio em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos. A seguir vêm Lula (2 minutos
e 20 segundos) e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), com quase 2
minutos. Bolsonaro deve ter 9 segundos no horário fixo, 40% a menos que Enéas
em 1989. O tempo é suficiente para dizer o total de palavras deste parágrafo -
sem pausa para respirar. A desvantagem do candidato do PSL ao Palácio do
Planalto também salta aos olhos quando se avalia a distribuição das inserções -
peças publicitárias de 30 segundos que são divulgadas ao longo de todo o dia,
em meio à propaganda comercial exibida pelas emissoras. Enquanto Alckmin poderá
exibir 364 inserções nos 35 dias de propaganda, Bolsonaro terá apenas 10 à sua
disposição - menos de uma inserção a cada três dias.
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