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| A classe política está cada vez mais degenerada e suja! |
Em busca de se eleger no próximo mês de
outubro, candidato a deputado deverá pagar R$ 100,00 por cada voto. Para
cooptação dos eleitores que venderão seus votos, o candidato contatará líderes
por R5 1.000,00. Cada líder terá então a incumbência de chamar outros 100
eleitores, que receberão R$ 100,00 no dia da eleição. A proposta é que cada
eleitor receba R$ 50,00 no começo da manhã e o restante ao final do dia,
totalizando os R$ 100,00, uma vez que o candidato já teria repassado
antecipadamente aquele montante aos líderes de equipe. Ao participar de tal
esquema, muitas pessoas até se sentem na obrigação de votar naquele candidato,
imaginando que seu voto teria que aparecer em determinada urna. No entanto,
quando o candidato tem mais de 400 votos distribuídos em mais ou menos 40
urnas, não há como identificar quem teria votado nele. O recado é o seguinte: o
eleitor pode até pegar o dinheiro desses candidatos e, em outubro, deve votar
mesmo em outra pessoa. Se o cidadão votou em um candidato por causa de R$
100,00 e, mediante intermediação de outra pessoa, qual seria mesmo o
comprometimento daquele deputado eleito com cada um desses eleitores? Os gastos
do candidato para se eleger, diante dos valores acima mencionados, resultariam
em 400 mil reais para os líderes e 4 milhões de reais para os 40 mil eleitores
cooptados. Quase 5 milhões de reais só com compra de votos e 40.400 votos, caso
todos sejam confirmados nas urnas e ainda assim, não está assegurada a vitória,
pois os prognósticos sinalizam a necessidade de 45 mil votos, para conquista de
uma vaga na Assembléia Legislativa da Bahia. Depois de eleito, diplomado e
empossado, o deputado assume o mandato sem compromisso outro, que não seja
recuperar o investimento na campanha. Mas ele terá rendimento em 48 meses de,
no máximo, 800 mil reais e esta soma é muito inferior ao que ele gastou em
apenas 3 meses com a candidatura. Portanto, resta-nos a indagação óbvia: como
ele conseguirá lucrar com isso, sem corrupção?
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