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| A frouxidão do prefeito de Salvador, prejudicou as oposições! |
Nove em cada dez
interlocutores ligados à oposição admitem que as urnas em 2018 podem remover
caciques políticos das respectivas zonas de conforto. Isso vale tanto para a
chapa proporcional para a Câmara dos Deputados quanto para a disputa por vagas
na Assembleia Legislativa da Bahia. A conta para eleger nomes tradicionais da
cena política baiana não bate e, por essa razão, há uma negociação intensa para
a formação de uma chapa com “candidatos-escada” com origem em partidos menores
– cuja sobrevivência política depende da eleição de representantes depois que a
cláusula de barreira foi criada. Por isso há o esforço para a construção do
“chapão”, cujas perspectivas otimistas atuais sugerem a conquista de 12 vagas
na Câmara e 22 na Assembleia, números considerados positivos demais no atual
contexto. É um cálculo complexo e, sem um candidato puxador de fotos
encabeçando a chapa majoritária, ficou ainda mais difícil de ser feito. Entre
os fatores para o pessimismo está o investimento dos detentores de mandato em relações
com prefeitos, que desemparados com a desistência de ACM Neto (DEM) em
participar da disputa, começam a migrar aos montes para os braços do governador
candidato à reeleição Rui Costa. Sem diversificar as relações com lideranças
mais de base – e com prefeitos no colo do governo -, os oposicionistas passaram
a contar cautelosamente onde conseguir sufrágios suficientes para serem
reeleitos. O desespero é grande. Parlamentares cujas candidaturas estão mais
consolidadas admitem que é complicado para correligionários obterem sucesso nas
urnas. Os nomes, todavia, não são colocados. Jogar aliados na cova dos leões
não é uma tarefa fácil, ainda mais quando se há fragilização do grupo político
em virtude da ausência do então capitão-mor na disputa – sim, ACM Neto era
assim considerado. Engana-se, no entanto, quem acredita que apenas a oposição
passa por essa situação. Entre os governistas, há também esse receio de que
nomes consolidados da política fiquem de fora da lista final do Tribunal
Superior Eleitoral. Porém as bruxas que sondam a oposição ameaçam menos aqueles
que possuem a máquina estatal ao seu lado. Principalmente se eles estiverem sob
as graças de Rui, algo raro de acontecer, diga-se. Por isso a corrida por votos
no lado governista está menos tensa. Pelo menos por enquanto. Se há um grupo
claudicante para as eleições para deputado federal e estadual de 2018 na Bahia,
a oposição está bem à frente na disputa. Por Fernando
Duarte.

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