![]() |
| A internet tem mudado os métodos das campanhas eleitorais! |
Já
não é novidade que a campanha eleitoral de 2018 deve ser uma das mais “baratas”
dos últimos anos. As cifras milionárias que escorreram de empresas,
especialmente até 2014, tiveram as torneiras fechadas pela Operação Lava Jato e
pela mudança na legislação, o que obrigou os políticos a repensarem como
financiar campanhas. Nesta quinta-feira (8), dia da posse do prefeito de
Salvador, ACM Neto, como presidente nacional do Democratas, ao menos duas falas
reforçaram a tese de que os custos serão barateados. Primeiro do presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pré-candidato à presidência da República
pelo partido. Maia afirmou a uma rádio que vai investir em uma campanha mais
voltada para a internet, onde pretende atingir um público mais jovem. E,
consequentemente, com custo operacional mais baixo. O novo presidente do DEM
foi mais longe. Criticou os candidatos “de estúdio”, criações de marqueteiros.
O tom de ACM Neto é parecido com o repetido por outros atores do cenário
político. A campanha de 2018 terá mais pé na rua e nas redes sociais, e menos
investimentos em superproduções como nas últimas campanhas. Aquele mantra da
democracia ter um alto custo para o país será menos real, já que os candidatos
vão dispor de bem menos recursos para fazer uma campanha eleitoral. O risco, no
entanto, é que o eventual uso de caixa 2 de campanha aconteça com maior
frequência dos que os já registrados na Lava Jato – e em todas as ações
derivadas da operação. Pelo menos há uma consequência boa nos debates recentes,
pois a população parece mais interessada em fiscalizar os atos dos agentes
políticos, o que diminui a chance de abuso de poder econômico. Resta saber como
funcionará a campanha para presidente em um país com dimensões continentais
como o Brasil. Rodrigo Maia, ao falar que investiria mais nas campanhas
estaduais, deu o sinal: candidaturas competitivas em âmbito regional terão mais
impacto no projeto de chegar ao Palácio do Planalto do que a campanha do
candidato à presidência em si. Por Fernando Duarte.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.