EMASA

Trief

Trief

ITAPEDRO

2 de fevereiro de 2018

MANOEL LEAL, TEMER, LULA E “CUMA” A IMPUNIDADE IMPERA

A causa da corrupção está no voto do eleitor pelego, estúpido e que se abstém!
Muito antes de ser realmente perigosa, a região cacaueira do sul da Bahia já era conhecida como uma terra sem lei. Na época, a taxa de homicídios era muito mais baixa e o que assustava eram os crimes de mando. Nos tempos da pistolagem e dos coronéis, o medo estava não em andar nas ruas, mas em desagradar algum poderoso. Ao desfrutar da leitura do Jornal A Região, poucos se lembram de quem foi Manoel Leal. Responsável pela parte editorial e direção do semanário, Manoel Leal foi assassinado há quase 20 anos e até hoje os culpados estão impunes. Os executores, sim, foram julgados e condenados, mas os mandantes nunca foram sequer importunados. Esse caso nos ajuda a entender o principal julgamento do País, que aconteceu em Porto Alegre, e suas consequências para o Brasil. No caso Leal, contra os autores materiais havia provas materiais. Contra o intermediário, os capangas, havia um leque de suspeitas e fortes indícios. Contra os verdadeiros autores intelectuais, porém, como sempre é e sempre será, não havia prova material, muito menos uma confissão.É assim que as coisas são. Executores de corrupção, como Waldomiro Diniz ou Rodrigo Rocha Loures podem, se feito um raro trabalho quase perfeito pela polícia e MP, serem presos com provas materiais, os mandantes por outro lado, nunca passam ordens por escrito. O esquema é velho e conhecido. Uma grande empresa doa milhões para a campanha da vossa excelência, que posteriormente aprova uma lei que a ajuda, que posteriormente recebe a visita de um enviado para receber uma mala. O dinheiro some em algum paraíso fiscal, ou surge um milionário contrato de consultoria. Não há rastro ligando uma coisa à outra. Contra o político, não há nem nunca haverá provas materiais. A verdade é que, de coisas palpáveis, a Lava Jato achou muito e teria mesmo como achar, pois não há como esconder um tríplex, ou um sítio. Contra os comandantes há apenas depoimentos de colaboradores. O tríplex e o sítio de Lula são pontos fora da curva. Se tivesse ficado apenas nas estratosféricas remunerações das palestras, Lula teria a mesma culpa, porém sobra evidência física contra ele. Mas não há nenhum imóvel, conta ou bem atribuído a Temer ou aos tucanos de São Paulo em nenhum processo. Os petistas alegam que o processo contra Lula não tem provas, mas se quiserem ver seus adversários presos e desejarem verdadeiramente o fim da impunidade para os grandes corruptos, terão que aceitar condenações com muito menos que isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: