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24 de janeiro de 2018

CADEIA TAMBÉM DEVE SER PARA RICOS E BRANCOS

Tem muita gente prendendo gente, que deveria está presa!
Num país onde quase metade da população carcerária, formada por mais de 730 mil presos, aguarda por julgamento atrás das grades, ganha destaque o fato e um ex-presidente já condenado ainda está solto. Este fato se torna mais estranho, quando se sabe que presos em flagrante, na maioria dos casos, estão encarcerados sem terem sido ouvidos por um juiz. O próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que em 98% dos casos, as prisões em flagrante levam a prisões provisórias, e 26% desses presos ficam detidos por mais de três meses. A prisão provisória, admitem as autoridades do Judiciário, tem sido usada como uma forma de antecipar a execução da pena. Os dados relacionados à população carcerária brasileira são, indiscutivelmente, reveladores de um quadro de desrespeito aos direitos dos detentos, sentenciados ou não. Esse desrespeito é a origem da crise carcerária que resultou na barbárie registrada no início de 2017 – cujo símbolo é a morte de mais de 100 encarcerados, e que segue com a inegável guerra entre facções criminosas que disputam o poder de comando dentro de presídios de todo país. Cada reportagem expõe ainda mais a fragilidade do sistema penitenciário nacional. Entretanto, cria a expectativa de que é possível solucionar a crise carcerária, enfrentando-a com responsabilidade. Se o estado brasileiro garantir ao preso os direitos de cidadania que a Constituição Federal estabelece, talvez o crime organizado não encontre espaço para se fortalecer e, quem sabe, seja vencido. Mas não é justo só prenderem pretos, pobres, prostitutas e deixarem criminosos perigosos como Aécio Neves, Jaques Wagner, Geraldo Simões, Fernando Gomes e Lula soltos!

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