Somente o amor eleva nosso espírito e nos torna melhores! |
Já estamos na segunda quinzena de dezembro e com ela está aquele clima
agradável de confraternização e troca de presentes e sentimentos de
generosidade mais aumentados que o de costume. Estamos preste a concluir dose
meses de um super amor envolto das mais sublimes e altruístas intenções. Essa
época do ano traz consigo a reflexão a respeito de tudo que foi vivido nos
últimos meses, a retomada de erros e acertos e a possibilidade de outros
recomeços. Talvez por isso, a sensibilidade da maioria das pessoas fica a flor
da pele e as emoções boas e ruins vêm à tona com força total. O amor, o medo,
as decepções, as raivas, as alegrias e frustrações são relembradas de forma
intensa como se tivéssemos (e talvez tenhamos mesmo) a chance de colocarmos um
ponto final e fazermos um novo começo. Com todos esses momentos sendo
relembrados, a saudade é um dos sentimentos mais presentes: saudade da
infância, da inocência, do que não foi vivido, dos tempos em que as
preocupações não nos sufocavam, do tempo que querer ver o Papai Noel era nosso
maior desafio e da certeza de que o tempo não passava tão rápido como agora.
Ah, o tempo… sempre ele. De todo modo, o Natal e o novo ano, sempre tão
comemorados, trazem até para os mais duros corações a oportunidade de
confraternizar com os seus e reconsiderar relacionamentos, sentimentos e
atitudes. Porém, melhor seria se ao receber o novo ano não voltássemos a ser
somente as pessoas competitivas, ocupadas e egoístas da maior parte do ano e
pudéssemos lembrar que é no outro e nas suas vitórias que reside parte da nossa
felicidade. É importante compreendermos que o amor exalado com um “feliz Natal”
deve ser ressonante também no “feliz Páscoa”, “bom feriado”, “boa viagem”, “bom
final de semana” e em todos os desejos retóricos que fazemos automaticamente
todos os dias. Ideal seria se os sentimentos de altruísmo e bem querer ao
próximo não fossem sazonais como as estações do ano, com data certa para
acontecer, já que é exatamente pela falta de bons sentimentos em relação ao
outro que ainda estamos num patamar bem precário de reciprocidade. Portanto,
sejamos, sim, gentis, solidários e amorosos, mas não somente no fim do ano, no
fim da linha, no fim da vida, no fim de tudo, pois demonstrar tudo isso só às
vezes, pode nos fazer perceber que foi demonstrado tarde demais.
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