Fernando Hadad do PT, está sendo acusado de ter recebido propina em 2012 |
Com o propósito de apurar
crimes eleitorais e lavagem de dinheiro na campanha para prefeitura
de São Paulo, em 2012, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação
Cifra Oculta, na manhã desta quinta-feira (1º). São cumpridos nove
mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Zona Eleitoral de
São Paulo, em São Caetano, Praia Grande e na capital paulista.
Desdobramento da Operação Lava Jato, a Cifra Oculta teve início em
novembro de 2015 após determinação do Supremo Tribunal Federal
(STF) para desmembrar a colaboração premiada de executivos da
empresa UTC em anexos. O inquérito apura o pagamento de dívidas de
uma das chapas da campanha municipal de 2012 por parte da
empreiteira. Os valores são referentes a serviços gráficos no
valor de R$ 2,6 milhões – cuja gráfica pertencia a familiares de
um ex-deputado estadual. A eleição foi disputada por José Serra
(PSDB), Celso Russomano (PRB), Carlos Giannazi (PSOL), Anaí Caproni
(PCO), Ana Luiza (PSTU), Soninha (PPS), Gabriel Chalita (PMDB),
Miguel (PPL), Eymael (PSDC), Paulinho da Força (PDT), Levy Fidelix
(PRTB) e o eleito Fernando Haddad (PT). Segundo informações
divulgadas pela PF, a dívida foi debitada por um doleiro, por meio
de transferências bancárias e dinheiro vivo, para empresas. Uma das
empresas mencionadas na delação aparece como fornecedora de
serviços, com valores de R$ 354.450,00. Mas na prestação de contas
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta apenas outra prestação
de serviços gráficos de R$ 252.900,00 – inferior aos R$
2.600.000,00, que teriam sido pagos pela UTC à gráfica. Se
considerados culpados, os investigados vão responder pelos crimes de
falsidade ideológica e lavagem de dinheiro com penas de até 10 anos
de prisão e multa.
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