Muito pior que Maluf, Lula, Wagner... são que continua votando neles! |
Embora saibamos
que há muito tempo a corrupção tem reinado em terras brasileiras, o que vem
ocorrendo com o país nos últimos anos e só veio à tona agora chocou o mundo,
desestabilizou a economia e a confiança dos investidores, o que não será algo
fácil de retomar. Às vezes o Brasil parece, de forma clara, ser um país “feito
para alguns lucrarem”: o país não tem outro meio de transporte senão o
rodoviário. As estradas são ruins, muito embora as reiteradas reformas – apesar
de algumas estarem realmente abandonadas -. O combustível é caríssimo, apesar
de produzido aqui. As montadoras de veículo têm margens de lucro absurdas,
muito maior que em outros países do mundo cujos habitantes tem maior renda. O
governo, por sua vez, reduz o IPI constantemente para que as montadoras vendam
cada vez mais veículos. É um ciclo vicioso. O Brasil é um dos países com mais
recursos naturais do mundo, tem um potencial para produzir muito, mas não o
faz. A questão é: por quê? Porque o país verde-amarelo é um eterno
contrassenso: apesar de tanto potencial, é o país que mais arrecada, mas arrecada
da forma errada. Arrecada-se tributando os empresários, principalmente os
menores, que além de achatados pela própria competição de mercado, não tem
auxílio do governo – ao contrário, é massacrado por ele -. Aqui, incentiva-se o
comércio, não a produção. A inflação e o baixo crescimento é o fruto disto. E
mais, o que se arrecada simplesmente não se vê em contraprestações. O dinheiro
sai dos municípios para a União. Então, para que o Município realize obra ou
adquira bens, ele espera o repasse da União e do Estado, daquele mesmo dinheiro
que os munícipes contribuíram. Assim, quando a verba é repassada, muito vai
“ficando pelo caminho”. Em função da dita distribuição de renda pelos Estados,
os que mais arrecadam são, por vezes, os que menos recebem contraprestações. É
quase um incentivo aos Estados que menos produzem. Há muita coisa errada aqui,
não se pode discordar. Não será um presidente que irá mudar isso, é algo
gradativo. O país precisa de políticas públicas efetivas: educação,
investimento em infraestrutura e saúde, entre outras necessidades. Mas para
isso, o ceticismo não serve, a mudança é necessária, precisa-se que cada um
faça sua parte. Pois, como diria Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as
nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
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