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13 de abril de 2017

COMPARSA DE GERALDO SIMÕES TERIA PEDIDO VANTAGENS INDEVIDAS EM ELEIÇÕES DE 2006, 2010 E 2014


Geraldo Simões vendeu emendas parlamentares para João Bacelar
Geraldo Simões não foi reeleito em 2010, mas seu comparsa no episódio de venda de emendas parlamentares para o município de Casa Nova, sim. Mas a traquinagem do deputado federal João Bacelar parece não ter limite e nem prazo de validade para acabar. Ele foi citado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado federal teria solicitado repasses financeiros nas campanhas das eleições de 2006, 2010 e 2014. Foram R$ 200 mil em 2014 como doação oficial, em 2016 foram pagos R$ 50 mil pelo setor de Operações Estruturadas. No primeiro inquérito, os colaboradores José de Carvalho Filho e João Antônio Pacífico Ferreira, o deputado teria pedido "um esforço para que o MP não caducasse". O deputado já havia atendido a pedidos realizados pelo colaborador e teria agido para evitar a convocação de representante da empresa Santo Antônio na Comissão de Fiscalização e Controle e repassado informações sobre as sessões secretar que eram realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. No primeiro inquérito, há indícios, da prática dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional. No segundo inquérito, Bacelar é investigado juntamente com outros três deputados federais por depoimentos de Marcelo Odebrecht, Paul Elie Altit e Paulo Ricardo Baqueiro de Melo. Os deputados teriam solicitado vantagem indevida à Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), em contrapartida pela atuação concreta para a aprovação da PREVI, de aquisição de uma torre comercial e de shopping center no empreendimento "Parque da Cidade". O total de R$ 27 milhões teriam sido destinados ao Partido dos Trabalhadores. O deputado Bacelar tem foro privilegiado e será investigado pelo Supremo Tribunal Federal. NO CONGRESSO, UM BALCÃO PARA NEGOCIAR EMENDAS - Gravações com inconfidências da ex-mulher de um deputado e uma planilha revelam indícios do que, há anos, circula nos corredores do Congresso: um grupo de deputados do baixo clero opera um balcão de negócios envolvendo as emendas parlamentares. A denúncia vem da ex-mulher do deputado João Bacelar (PR-BA), mas atinge outros parlamentares. A empresária Isabela Suarez, filha e braço-direito do empreiteiro Carlos Suarez, fundador da OAS e um dos maiores empresários da construção civil na Bahia, afirma que Bacelar compra emendas de colegas.  Há duas conversas entre Isabela e a irmã de Bacelar, Lílian, que trava com ele uma briga na Justiça por causa da herança do pai e, por isso, resolveu fazer a gravação. Na conversa, Isabela detalha vários negócios feitos por deputados e, especialmente, pelo ex-marido. — Desse cara do PT, com certeza ele (Bacelar) compra emenda. O nome dele é Geraldo alguma coisa. Federal da Bahia. Se procurar, na hora você vai achar: Geraldo. Com certeza, com certeza. Eles operavam com o filho dele — disse a empresária. O único deputado do PT da Bahia com esse prenome é Geraldo Simões. GS figura como tendo enviado R$ 3 milhões para o município de Casa Nova. Procurada, a Codevasf confirmou que o deputado federal que destinou esta emenda para a cidade foi Geraldo Simões. R$ 3 MILHÕES PARA ‘BASE’ DE 4 VOTOS - Tradicionalmente, as emendas parlamentares são destinadas a municípios onde o parlamentar tem voto, justamente para retribuir à base eleitoral. Mas, ironicamente, Simões teve apenas quatro votos em Casa Nova na eleição de 2010. O município é um reduto eleitoral justamente de Bacelar, que teve 7.599 votos lá. A situação se repete com quase todos os municípios citados na tabela com a verba destinada pelos deputados para a Codevasf. Em cinco dos sete municípios, Bacelar é o primeiro ou segundo deputado federal mais votado. Até recentemente, Bacelar era um parlamentar absolutamente desconhecido da imensa maioria dos brasileiros. Filho de um ex-deputado, com base eleitoral no interior da Bahia, Bacelar só chegou ao noticiário nacional após se descobrir que ele usava o mandato para cometer um rol surpreendente de irregularidades. Ele direcionava suas emendas para a empreiteira da própria família, colocou na folha de seu gabinete a empregada doméstica de sua família e praticava nepotismo cruzado.

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