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1 de março de 2017

A CIRANDA FINANCEIRA QUE ESFOLA

EMPRÉSTIMOS TEM INFERNIZADO IDOSOS
Com o advento da informatização nossa vida pessoal se tornou pública. O cadastro de um banco é alimentado com todo o tipo de informação que contribui para a existência de um cadastro positivo. Resulta que, para o aposentado, principalmente (por causa da consignação), os bancos sabem o valor de seu benefício e até o quanto já está comprometido noutra instituição. Razão de receberem centenas de ligações oferecendo cartões, linha de crédito ou mesmo dinheiro para quitar dívida. Muito pior é o jovem ao entrar na universidade receber, imediatamente, uma oferta de crédito e um cartão, mesmo sem renda alguma. O limite de crédito sempre foi uma conquista pessoal. Um bom cadastro, informações comprovadas, boas referências, um avalista e enfim era isso que permitia ao gerente colocar dinheiro na mão do cliente. Hoje, você anda na rua e um sujeito grita em seu ouvido: “Quer empréstimo?” Você entra num banco e na porta tem um correspondente bancário só para emprestar. E quando ligam para a sua casa, parece o anúncio de um prêmio de loteria. Sabem seu nome completo, e toda a sua vida. Conheço uma pessoa que recebeu a comunicação de sua aposentadoria pelo correspondente bancário e não pelo INSS. A essa altura, tinha linha de crédito e cartão aprovado. Acha pouco? Precisavam ver os clientes das empresas de microcrédito. Eram de cortar coração. Nem todos tinham endereço certo, emprego certo, assim quando não pagavam ninguém conseguia cobrar, até que a festa acabou. Desde que essa farra começou, muita gente decidiu montar uma empresa de factory. Era o melhor negócio do mundo. Garantia de um cheque pré-datado (que juridicamente não existe) para pessoa física. Depois, começaram a trabalhar apenas com pessoa jurídica, descontando os cheques de seus clientes e pagando o valor líquido sem os juros. Essa brincadeira só deu prejuízo. O endividamento atinge a maioria da população. Mesmo assim, a oferta de crédito não para, sobretudo, com o aumento dos prazos. A realidade é que durante muitos anos, o Brasil com inflação alta, permitia que os bancos ganhassem dinheiro apenas com o mercado financeiro. Ativos triplicavam da noite para o dia. O dinheiro especulativo engordou os maiores bancos desse país e quem não foi, suficientemente, forte quebrou. Com o Plano Real os banqueiros botaram as mãos na cabeça. Sem inflação não tem juros. E o jeito foi aprender a emprestar dinheiro. Com taxas menores, perdeu-se a qualidade de olho na quantidade. E finalmente, um seguro de vida (opcional) cobre o empréstimo em caso de morte.

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